Visita do Simesp ao Caism
Dando continuidade à Campanha Salarial 2020, o Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp) visitou o Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas (Cratod) e o Centro de Atenção Integrada à Saúde Mental Vila Mariana ( Caism) nos dias 23 e 30 de setembro, respectivamente. A visita foi para informar os médicos sobre o andamento da árdua luta com os patrões para garantir direitos e reajuste salarial digno aos médicos. Nas últimas semanas o Simesp também visitou o Hospital São Paulo.
O sindicato patronal que representa as organizações sociais (OSs), santas casas e hospitais filantrópicos, o Sindhosfil, ofereceu o vergonhoso reajuste de apenas 1%, muito aquém da inflação do período, enquanto o Simesp pleiteia reajuste de 5%. Os empregadores também querem redução de horas extras de 100% para 90% e diminuição de adicional noturno de 40% para 32,5%.
De acordo com Victor Dourado, presidente do Simesp, a recepção dos profissionais tem sido positiva e eles se indignam ao terem conhecimento da proposta dos patrões, que retira direitos e salário justamente durante a pandemia. “Os profissionais da saúde atuam na linha de frente no enfrentamento da Covid-19. Muitos desses profissionais, inclusive, foram mortos pela doença. Essas pessoas foram chamadas de heróis e agora recebem o total desrespeito de seus empregadores.”
Neste ano, a pauta foi unificada entre os sindicatos profissionais da saúde, que exigem além dos 5% de reajuste, licença-maternidade de seis meses, paridade salarial entre homens e mulheres e que os trabalhadores da saúde com vínculo empregatício como pessoa jurídica (PJ) tenham o direito de receber remuneração integral em casos de adoecimento por Covid-19. “Temos que manter essa iniciativa também nos próximos anos. Precisamos unir forças, já que as empresas são representadas pelo mesmo sindicato patronal. Que caminhemos para uma unidade entre os trabalhadores da saúde”, diz Dourado.
Agora as negociações aguardam resposta do sindicato patronal. “Entramos nisso juntos nessa e pretendemos sair somente quando as nossas reivindicações forem atendidas de forma igualitária”, finaliza o presidente do Simesp.
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