O Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp) tem visitado equipamentos de saúde e hospitais da cidade para dialogar com as diferentes categorias de profissionais da saúde sobre as pautas prioritárias para a Campanha Salarial de 2021 e entender suas necessidades. No entanto, a ida a Unidade Básica de Saúde (UBS) Vila Nova Manchester, no dia 13 de julho, teve que assumir um caráter de denúncia devido as condições precárias as quais os trabalhadores e pacientes estão sujeitos.
O registro da diretoria do Simesp no local é de que os médicos clínicos atendem a população em contêineres, junto ao armazenamento de materiais de uso e de almoxarifado, pois a Unidade está em obras há mais de um ano. Além da condição improvisada, durante a pandemia não há um fluxo separado de pacientes com Covid-19 dos que não estão.
A gestão da UBS, que fica na Zona Leste de São Paulo, foi terceirizada para Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM) sob promessa de proporcionar um maior número de médicos para os pacientes. Mas o que acontece é o contrário. Os profissionais do programa Mais Médicos alocados na Unidade há alguns anos e que conhecem a população estão sendo dispensados pela SPDM, quando poderiam ter seus contratos prorrogados até 2023. Este processo de dispensa é similar ao vivenciado por profissionais em várias unidades da capital. Aos médicos que permanecem no local, servidores e contratados da Associação, são oferecidos poucos turnos em uma frequência que não é diária.
O Simesp ressalta que é de extrema importância aos médicos que atuam sob condições precárias ou de irregularidade que denunciem. Assim, a entidade pode reunir os relatos para encaminhá-los, de forma anônima, à Secretaria Municipal da Saúde (SMS) e ao Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp). Para denunciar, preencha o formulário clicando aqui ou contate o WhatsApp (11) 3292-9147.