Terceirizações: governo do Estado ignora audiência no MPT e mantém médicos concursados sem resposta sobre seu futuro

Terceirizações: governo do Estado ignora audiência no MPT e mantém médicos concursados sem resposta sobre seu futuro

Hospitais Ipiranga, Heliópolis e Darcy Vargas terão a gestão privatizada para organizações sociais. Profissionais que atuam nos serviços sofrem com a incerteza

Na manhã desta segunda-feira, 30 de junho, foi realizada uma audiência no Ministério Público do Trabalho (MPT) para tratar do futuro dos médicos concursados dos hospitais estaduais Darcy Vargas, Ipiranga e Heliópolis, diante do avanço da privatização dessas unidades, que passarão a ser geridas por organizações sociais (OSs). 

A reunião foi convocada em resposta ao ofício encaminhado pelo Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp), que solicitou a abertura de diálogo com o governo estadual. No entanto, o governador Tarcísio de Freitas e o secretário de estado da Saúde, Eleuses Paiva, não enviaram nenhum representante para a audiência, frustrando a expectativa de avanço nas negociações. Os médicos dos serviços paralisaram os atendimentos por um dia, em 27 de junho, e seguirão em greve juntamente com os demais servidores a partir do dia 17 de julho.

A ausência de representação governamental confirma o descaso com os servidores públicos e amplia a insegurança sobre o destino dos profissionais concursados, que seguem sem qualquer garantia de manutenção de seus vínculos nos hospitais após a transferência da gestão hospitalar direta do governo para as OSs. Não há informações de quando nem como a transição irá acontecer. 

O cenário de incerteza e abandono por parte do governo já havia motivado uma grande mobilização no último dia 27 de junho. Na ocasião, médicos e demais servidores da saúde realizaram uma paralisação com ato unificado a outras categorias, exigindo a suspensão dos processos de privatização e a abertura de diálogo com os trabalhadores. A manifestação foi marcada por faixas, palavras de ordem e forte adesão da categoria.

O Simesp continuará mobilizado para denunciar o desmonte do serviço público promovido pelo governo Tarcísio e lutar pela valorização dos médicos concursados, pela garantia de seus direitos e pela defesa de um sistema de saúde público, gratuito e de qualidade para a população.

Na pressão – em defesa da saúde pública e contra as privatizações

O Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp) lançou a campanha Diga NÃO à privatização da saúde pública no Estado de SP, com o objetivo de pressionar os deputados estaduais a se posicionarem contra a entrega da gestão de hospitais públicos a Organizações Sociais de Saúde (OSS), modelo que ameaça a qualidade do atendimento, desvaloriza os profissionais e enfraquece o SUS.

Para ampliar o alcance da mobilização, o Simesp utiliza a ferramenta Na Pressão, desenvolvida pela CUT, que permite que qualquer cidadão envie mensagens diretamente aos parlamentares por e-mail, redes sociais e WhatsApp. De forma simples e rápida, é possível exigir que os deputados defendam o serviço público de saúde e votem contra projetos de privatização.

A população e a categoria médica têm um papel fundamental neste processo. Por isso, o Simesp convida todos e todas a acessarem a plataforma, escolherem os deputados estaduais e se somarem à luta por uma saúde pública 100% estatal, gratuita e de qualidade.

👉 Clique aqui para fazer pressão. 

Vamos juntos defender o SUS e dizer NÃO às privatizações!