A Sociedade Brasileira de Cardiologia – SBC – iniciou na última quarta-feira (05) a capacitação de três turmas de médicos e enfermeiros do Ministério da Saúde, que ficarão a postos para atender a emergências cardiovasculares que possam ocorrer com os atletas ou com o público espectador durante a Copa das Confederações.
“O objetivo é nunca mais termos casos de morte súbita nos estádios brasileiros e nem nas corridas de rua, como tem ocorrido até agora”, diz Sérgio Timerman, do Comitê de Emergências Cardiovasculares da SBC. Ele conta que o convênio firmado com o Ministério prevê a presença de pessoal capacitado a atender a paradas cardíacas e outras emergências em três pontos, na própria arena esportiva, nas ambulâncias que transportarão os eventuais pacientes e finalmente no Pronto Socorro dos hospitais, atendendo ao conjunto conhecido como “corrente de sobrevida”.
“Os profissionais sairão do curso capacitados a diagnosticar o que aconteceu com a pessoa que passa mal numa arena esportiva”, explica o cardiologista Manoel Canesin, também do Comitê de Emergências Cardiovasculares da SBC. Treinamento idêntico será dado às equipes das ambulâncias, explica o médico, pois no caso de uma parada cardíaca a sobrevivência do paciente está diretamente correlacionada com o tempo entre o evento e o atendimento. Recentemente os cardiologistas do mundo inteiro passaram a recomendar que o tratamento comece a ser feito ainda na ambulância, sem esperar a chegada ao hospital.
Os cursos TECA foram desenvolvidos em duas modalidades, o TECA A, de ‘avançado’, para médicos e enfermeiros e o TECA B, de ‘básico’, que pode ser feito por leigos. O problema é que, ao contrário dos Estados Unidos, que há décadas tem milhões de pessoas treinadas para atender a emergências cardiovasculares, no Brasil e em outros países são raríssimas as pessoas capacitadas e a SBC considera sua missão modificar esse quadro.
Os cursos TECA foram desenvolvidos em duas modalidades, o TECA A, de ‘avançado’, para médicos e enfermeiros e o TECA B, de ‘básico’, que pode ser feito por leigos. O problema é que, ao contrário dos Estados Unidos, que há décadas tem milhões de pessoas treinadas para atender a emergências cardiovasculares, no Brasil e em outros países são raríssimas as pessoas capacitadas e a SBC considera sua missão modificar esse quadro.
Para o presidente da SBC, Jadelson Andrade, a difusão dos conhecimentos dos programas TECA é importante para reduzir as 320.000 mortes por doenças cardiovasculares que ocorrem a cada ano no Brasil. A prova, diz Timerman, é que mesmo sendo tão poucas as pessoas treinadas, elas têm contribuído para salvar vidas. “Recentemente uma menina que teve parada cardíaca ao tomar um violento choque numa geladeira de sorvete, num supermercado paulista, foi ressuscitada por uma moça que anos atrás fizera o curso de emergência cardiovascular, no escritório em que trabalha”, lembrou.