Sindhosfil não aceita nenhuma proposta e Simesp irá entrar com ação na justiça

Sindhosfil não aceita nenhuma proposta e Simesp irá entrar com ação na justiça

O Sindicato das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Filantrópicos de São Paulo (Sindhosfil-SP) recusou, sistematicamente, todas as propostas apresentadas pelo Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp) desde o início da Campanha Salarial 2015. Diante dessa intransigência, o Simesp encerrou as negociações e irá entrar com ação na justiça do trabalho (que a partir daí terá a palavra final sobre o caso).

Em reunião na última segunda-feira, 14, o Sindicato das Santas Casas se mostrou, novamente, insensível aos pontos da negociação considerados cruciais pelo Simesp: a manutenção do poder de compra dos médicos (com o não parcelamento do reajuste salarial) e a extensão da licença maternidade de 180 dias para funcionárias ligadas ao sindicato patronal.

“Após ampla discussão dos pontos ainda divergentes, e já citados nas atas anteriores, as partes não entraram em acordo”, resume a ata do último encontro. A pedido do Simesp, a ata da reunião de mediação, ocorrida na Superintendência Regional do Ministério do Trabalho e Emprego em São Paulo, “fica transformada em Relatório Final de Negociação, para instauração de Dissídio Coletivo.”

O Sindicato não aceita o fracionamento (ou parcelamento) do reajuste por entender que isso causará prejuízo ao médico. De acordo com estudo realizado pelo Simesp, com a prática do fracionamento, os médicos acumularam, no período de setembro de 2005 ao mesmo mês de 2014, perdas que chegam a 64,55% de um salário. Na última campanha salarial, o Simesp acabou com essa prática imposta, há anos, pelo Sindhosfil-SP.

As filantrópicas representam mais de 25 mil postos de trabalho médico e entre 50 e 60% dos leitos do SUS. “Querem empurrar os problemas para a conta do médico. O Sindicato não aceita essa condição”, afirma Eder Gatti, presidente do Simesp.

As propostas apresentadas ao Sindicato das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Filantrópicos de São Paulo foram discutidas e aprovadas em assembleia ocorrida em 6 de julho. Conheça as principais pautas de reivindicações, junto ao setor privado, da atual campanha salarial.