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Simesp negocia regularização dos salários dos médicos que trabalham para a Famesp

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09/06/2017 | Notícia Simesp

Simesp negocia regularização dos salários dos médicos que trabalham para a Famesp

A organização social (OS) Fundação para o Desenvolvimento Médico Hospitalar (Famesp) não respeitou a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e não aplicou o reajuste salarial de 9,62% dos médicos, negociado entre Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp) e o Sindicato das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Estado de São Paulo (Sindhosfil-SP) referente a Campanha Salarial 2016. Durante reunião na última terça-feira, 6, representantes do Simesp e do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB) – um dos hospitais com profissionais com vínculo Famesp – apresentaram propostas para que o pagamento do reajuste seja efetuado. Além do HCFMB, a OS também administra o Hospital Estadual, o Hospital Estadual Manoel de Abreu Maternidade Santa Isabel, o Hospital de Base e o Ambulatório Médico de Especialidades (AME), todos estes localizados na cidade de Bauru.

De acordo com Pedro Bonequini Junior, diretor-presidente da regional de Botucatu do Simesp, os representantes do HCFMB haviam apresentado proposta de reajuste a partir do salário de junho, o que fará com que esses médicos atinjam o piso salarial, pois até então recebiam salários inferiores. Na proposta, o valor retroativo (a partir de 1º setembro de 2016, data-base da Convenção Coletiva) será pago em 12 parcelas, a partir da folha de pagamento de referente a julho (originalmente o retroativo seria pago em seis parcelas). “Na reunião a Famesp aceitou a proposta feita pelos representantes do HCFMB, ou seja, o acordo será aplicado ao médicos que trabalham para a Famesp em Botucatu, mas não se estende aos médicos dos outros serviços”, conta.

Segundo Eder Gatti, presidente do Simesp que estava presente na reunião, a Famesp argumenta passar por problemas financeiros, por isso não conseguiria arcar com o reajuste. “Mesmo a Famesp tendo deixado claro que passa por dificuldades financeiras devido ao subfinanciamento do Estado, é inviável que os médicos aceitem qualquer proposta inferior à CCT. Não serão aceitas subtrações de valores”. Por essa razão o Sindicato propôs à Federação que seja feito o mesmo acordo de pagamento do HCFMB aos médicos dos outros serviços em Bauru, mantendo o reajuste de 9,62% para todos.

A Famesp irá avaliar a proposta definida pelos médicos na reunião. O Simesp deu prazo até dia 19 de junho, data na qual será realizada nova negociação para uma resposta sobre um possível acordo e espera que a Famesp consiga fazer uma proposta de parcelamento do índice que permita quitar os valores retroativos. Caso a Famesp não aceite, a saída será a judicialização por meio de uma ação de cumprimento, pedindo que a Convenção Coletiva seja aplicada na íntegra. “Tal medida não é interessante para a Famesp porque pode gerar uma dívida grande para a instituição. Mesmo que não cheguemos a um acordo, sugerimos que a Famesp aplique um percentual de reajuste, visando que os valores em futuro julgado sejam menores”, explica Gatti.