Dando seguimento à campanha sobre gênero e medicina, da Comissão da Mulher do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp), Juliana Salles, diretora da entidade, explica que, como medida efetiva para diminuir a desigualdade entre os gêneros na medicina, o Simesp luta em suas negociações com os patrões por salário igual entre os pares, seis meses de licença-maternidade e 30 dias de licença-paternidade.
Vale ressaltar que a luta iniciada no ano passado continua. O Simesp tem defendido que a mulher médica tenha a mesma remuneração que seus pares em todas as suas tratativas com entidades patronais como organizações sociais, prefeituras e estado. De acordo com pesquisa publicada no BMJ Open, o montante de 80% das mulheres está concentrado nas três menores faixas salariais da categoria médica. A pesquisa também aponta que médicas especialistas ganham menos que seus pares homens e que a chance delas de alcançar os maiores salários na medicina é de apenas 4,1%, contra 17,1% deles.
A comissão é um espaço para a atuação permanente nas pautas do feminismo dentro do Simesp, com discussões em grupos de trabalho específicos, debates em mesas virtuais e lives com convidados abordando os principais temas. Com isso, o sindicato terá embasamento para organizar a luta das trabalhadoras médicas.
O sindicato reafirma seu compromisso em ser espaço de organização e resistência da mulher médica. Junte-se a nós e fortaleça o Simesp.