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Simesp leva a Brasília a pauta contra terceirizações na saúde e amplia articulação com entidades nacionais

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10/10/2025 | Notícia Simesp

Simesp leva a Brasília a pauta contra terceirizações na saúde e amplia articulação com entidades nacionais

Thais Tubero e Jaime Torrez em visita ao CNS

Mesmo com o adiamento da audiência pública no STF, representantes do sindicato se reuniram com entidades de saúde para fortalecer a mobilização contra a pejotização

A audiência pública sobre os impactos da terceirização na saúde, marcada para esta quinta-feira (9/10), foi adiada de última hora para o dia 10 de novembro. Ainda assim, o Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp) manteve sua agenda em Brasília e participou de uma série de reuniões com entidades nacionais da saúde, reafirmando seu compromisso na luta contra a precarização do trabalho médico.

Representando o sindicato, Thais Tubero, secretária de administração, e o delegado sindical Jaime Torrez se reuniram com o Conselho Nacional de Saúde (CNS), o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) e a Federação Nacional dos Médicos (Fenam), além de levar o convite para aos deputados federais Erika Hilton e Guilherme Boulos  Os encontros tiveram como foco a construção de uma frente ampla para enfrentar o avanço das terceirizações, quarteirizações e da pejotização, que vêm desestruturando a saúde pública em São Paulo e em todo o país.

“O adiamento da audiência demonstra que a pauta  saúde não é prioridade para os parlamentares, o que é lastimável. De toda forma, como já estávamos em Brasília, resolvemos dialogar com as entidades para somar forças e garantir que o SUS continue público e estatal”, afirmou Thais. E completou: “São Paulo é a ponta da lança da terceirização e isso precisa ser denunciado nacionalmente. O combate à pejotização e à entrega dos serviços à iniciativa privada é fundamental para garantir condições dignas de trabalho e atendimento de qualidade à população”.

A presidenta do Conselho Nacional de Saúde, Fernanda Magano, que também é dirigente sindical em São Paulo, reforçou a importância da parceria com o Simesp e a Fenam. Segundo ela, “denunciar o cenário de pejotizações, especialmente em São Paulo, onde a gestão pública direta praticamente desapareceu, é fundamental para defender o SUS e o uso ético dos recursos públicos”.

Mesmo sem a audiência no STF, a presença do Simesp em Brasília reforçou a necessidade de mobilização permanente diante das ofensivas que tentam transformar vínculos trabalhistas em contratos precários e sem direitos. “A pejotização não é liberdade — é perda de direitos. O Simesp segue cobrando diálogo e lutando por condições de trabalho justas e respeito à categoria médica”, reforçou a diretora do Simesp.

A audiência pública deve reunir novamente representantes sindicais, jurídicos e de entidades de classe no dia 10 de novembro, em Brasília. Até lá, o Simesp seguirá articulando ações e denunciando os efeitos da pejotização na saúde.