Após uma intensa campanha sindical para negociar com os empregadores, o Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp) conseguiu manter o poder de compra dos profissionais com reajuste salarial de 10,42% às médicas e aos médicos de organizações sociais (OS), santas casas e hospitais filantrópicos. Isso mesmo em uma conjuntura de poucos acordos favoráveis aos trabalhadores. A excepcional demora para conclusão das negociações se deu pela indisposição do patronal, que pretendia ceder a um reajuste de somente 4%. Clique aqui para conferir na íntegra todas as cláusulas firmadas na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
O reajuste retroativo, referente aos meses de setembro, outubro, novembro e dezembro de 2021 e de janeiro, fevereiro e março de 2022, será pago em parcela única nas folhas de pagamento após 30 dias da assinatura da convenção (em abril).
Recentemente, os sindicatos da saúde têm se aproximado e realizado inúmeras ações unificadas. Com o avanço das negociações das demais entidades, equiparamos as convenções das categorias da saúde e incluímos 10 cláusulas sociais que constavam nas demais. O presidente do Simesp, Victor Dourado, reafirmou a importância das ações unificadas dos sindicatos. “São um avanço na organização dos trabalhadores da saúde. Depois das inúmeras arbitrariedades que médicos, enfermeiros, agentes comunitários e outras categorias vêm sofrendo, a nossa mobilização conjunta tem buscado dia a dia a valorização dos profissionais da saúde. Vemos isso nos locais de trabalho, nas ruas, em projetos de lei ou agora com a assinatura da nossa convenção.”
Uma verdadeira vitória foi conquistada com a inclusão da cláusula de garantia de igualdade de remuneração entre os gêneros, que também beneficiará trabalhadores de todas as raças e cores. A inclusão é produto do movimento das mulheres médicas, que mobilizam desde 2020 a campanha do Simesp “Trabalho igual, salário igual”. A esse respeito, a secretária-geral do Simesp, Juliana Salles, afirmou: “É extremamente importante. Trata-se de uma primeira etapa para que a gente regule e passe a, inclusive, fiscalizar a necessidade de equiparação salarial entre as colegas médicas e os médicos para adequada remuneração na medicina, independente de gênero, raça e cor.”
Apoio ao reajuste alcançado pelo Simesp
A contribuição assistencial (taxa negocial) é o auxílio que quem recebe o reajuste salarial dá ao Simesp para que a entidade continue lutando por condições de trabalho e salário dignos à categoria. O Simesp tem como norte não aceitar nenhum reajuste salarial abaixo da inflação. Nada, portanto, que contribua para o achatamento do salário do médico. Sem a atuação do Simesp e de centenas de médicos que se mobilizaram nos últimos meses, um reajuste substancialmente melhor não seria obtido.
Mesmo quem não é associado pode contribuir para manter a capacidade de mobilização e pressão do Sindicato. A cobrança da contribuição assistencial equivale a apenas 0,86% do que foi conquistado e é descontada diretamente em folha de pagamento para a manutenção da estrutura da entidade.
Participe do movimento!
O Simesp te convida também a se associar e participar das assembleias e visitas aos locais de trabalho. A médica ou o médico sócio do sindicato, além de tornar a luta possível, é isento da contribuição assistencial e tem acesso a advogados de forma gratuita, nos campos ético-profissional, trabalhista, previdenciário e administrativo. Além disso, também possui benefícios exclusivos por meio do Simesp+, com descontos em seguro de responsabilidade social e aluguel de salas. Saiba mais em: https://simesp.org.br/sindicalize-se/