Em discurso em Plenário na última quinta-feira (7) o senador Paulo Davim (PV-RN) pediu o apoio dos parlamentares para projeto de sua autoria que altera ajornada de trabalho dos funcionários da saúde que atuam em unidades de urgência e emergência. O projeto altera, ainda, a forma de concessão de férias a esses trabalhadores, que seriam divididas em dois períodos de 20 dias, intercaladas com 180 dias de trabalho.
O sendor explicou que a proposta foi motivada pela baixa remuneração que os profissionais da área médica recebem diante do alto estresse a que são submetidos nessas unidades hospitalares em que convivem com a dor, o sofrimento e a morte de muitos pacientes.
Paralisação
Paulo Davim também registrou a paralisação do atendimento aos usuários de plano de saúde promovida nesta quinta-feira pelos médicos de todo o país, em protesto pelo tratamento que recebem das operadoras. Davim, que é médico, informou que de 2000 a 2009 os planos de saúde tiveram os seus serviços reajustados em 133%, embora a inflação acumulada no período tenha sido de 106%. Os honorários médicos, no entanto, não foram reajustados na mesma proporção, disse o senador. Ele informou que os médicos percebem, por consulta, de R$ 25 a R$ 40, "o que é um absoluto desrespeito à atividade médica".
– Por isto, os médicos cruzaram os braços: por não aceitarem o aviltamento dos honoráriose a ingerência dos planos de saúde sobre a atividade médica. Não podemos permitir que o plano de saúde diga qual é o dia e qual é o tempo em que nós poderemos internar e manter o paciente internado no hospital, nem, muito menos, que tipo de exame o médico deve realizar para diagnosticar os problemas dos seus pacientes – afirmou.
Massacre no Rio
Paulo Davim também lamentou a morte de 11 crianças mortas por um atirador na escola Tasso da Silveira, no Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (6). Ele manifestou "profunda tristeza e indignação" diante do ocorrido.