A greve dos servidores municipais de Ribeirão Preto, cidade a 336 quilômetros da capital paulista, completa 21 dias nesta quarta-feira, 19. Os funcionários públicos entraram em greve contra a proposta de reajuste 0, anunciada pelo prefeito Duarte Nogueira. Depois de várias reuniões de negociação, a prefeitura apresentou uma proposta de reajuste de 4,69%, que seria dividido em duas parcelas (sendo a primeira em março e outra em setembro).
O índice foi rejeitado em assembleia. Os servidores querem reajuste integral. A data-base do funcionalismo público de Ribeirão Preto é 1º de março e a categoria reivindicava, inicialmente, reajuste de 13%.
O Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp) está apoiando a greve organizada pelo Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão Preto, Guatapará e Pradópolis. “A participação do Simesp é efetiva nesta greve. Temos visitado as unidades de Saúde para prestar orientações de como os médicos servidores devem proceder durante a greve”, explicou Ulysses Strogoff, diretor-presidente da regional do Sindicato em Ribeirão Preto.
Helena Lugão, delegada do Simesp em Ribeirão Preto, conta que a adesão à greve na área da saúde é grande. “A maioria das unidades aderiu em 100% e estão apenas com atendimento de urgência e emergência”, relatou.
Liminares
A administração da cidade entrou com vários pedidos de liminar para desmobilizar a greve, entre os que foram atendidos, segundo o sindicato dos servidores, está a determinação da juíza da 2ª Vara da Fazenda Pública, Luísa Helena Carvalho Pita, para que 80% dos servidores voltassem as atividades seguindo uma escala de trabalho que deveria ser entregue pela prefeitura. Contudo, a prefeitura não cumpriu o prazo de entrega de tal documento e, por isso, a juíza cancelou a audiência de conciliação que estava agendada para ontem, 18 de abril, às 14h, quando validaria a escala.
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