Médicos de todo o Brasil que prestam serviços para operadoras de planos de saúde decidiram paralisar suas atividades durante um dia – 7 de abril próximo. A categoria vai promover o Dia Nacional de Paralisação por melhorias nas condições de relacionamento entre os planos de saúde e os médicos. A decisão foi tomada na reunião da Comissão de Saúde Suplementar, formada por membros das três entidades médicas nacionais – Federação Nacional dos Médicos, Conselho Federal de Medicina e Associação Médica Brasileira, que, em conjunto com a Comissão de Consolidação da CBHPM, realizou o encontro em São Paulo, na sede da Associação Paulista de Medicina.
Na reunião, os representantes das entidades médicas definiram também que 18 de outubro, quando se comemora o Dia do Médico, será a data base proposta para a elaboração de acordos coletivos de trabalho, intermediados pelos sindicatos médicos, que contemplem reajustes nos valores pagos pelas operadoras pelos procedimentos realizados pelos médicos.
O secretário-geral da Fenam, Mario Antonio Ferrari, foi um dos representantes da entidade na reunião. As bandeiras de luta do movimento médico na saúde suplementar são a implantação de uma lei que regulamente a contratualização e o reajuste anual de honorários médicos tendo como base a CBHPM. Os angiologistas e cirurgiões vasculares marcaram uma segunda data de paralisação, além de 7 de abril. Acontecerá no dia 27 do mesmo mês. Segundo a Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular, uma das motivações é a defesa do paciente.