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RS: sindicato exige mais segurança para evitar novas agressões a médicos do Conceição

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24/02/2011 | Notícia Simesp

RS: sindicato exige mais segurança para evitar novas agressões a médicos do Conceição

O presidente do SIMERS, Paulo de Argollo Mendes, disse, nesta quarta-feira, 23, à direção do Grupo Hospitalar Conceição (GHC) que é "indispensável o aumento imediato e permanente da segurança na emergência do Hospital Conceição". Argollo exigiu o reforço em encontro no começo da tarde com o superintendente do GHC, Neio Lúcio Fraga Pereira. O executivo garantiu já ter adotado a medida. O dirigente médico apontou que é preciso agir rápido para prevenir novos casos de agressões a médicos.

Na noite da última terça, 22, uma médica foi ferida após um paciente lançar um computador sobre ela dentro do consultório. Ele havia sido atendido durante todo o dia no serviço. A profissional teve lesões no rosto (corte no nariz e hematomas). Argollo admitiu que o caso é isolado, mas alertou para a condição de operação do serviço, sempre superlotado, que mantém clima de tensão minente e eventual revolta da população com a demora ou recursos técnicos insuficientes.

A solução para reduzir a sobrecarga depende, lembrou o dirigente do Sindicato, dos gestores do SUS – prefeitura, Estado e governo federal. "Não podemos permitir que situações como essas se repitam. O médico não tem culpa se o sistema demora e se houve mudança no atendimento. Ele já vive a pressão normal de um serviço que está sempre superlotado", destacou o dirigente. Também a adoção do Protocolo de Manchester, que implicou em novo sistema de classificação dos atendimentos, conforme gravidade dos pacientes.

Argollo acompanhou, no final da manhã desta quarta, a médica ao serviço de medicina legal do Estado, na Capital, para exame de corpo de delito. "Vamos acompanhar a investigação até o final e exigir rigor na punição da pessoa responsável pela agressão", demarcou o presidente do SIMERS. Para a entidade, a violência física ou verbal passou a ser uma realidade no dia a dia do trabalho médico, e tem relação com a falta de estrutura de atendimento e deficiências.

A população transfere ao médico, que está na linha de frente da assistência, a culpa pelos problemas – que são responsabilidades dos gestores. O Sindicato alerta ainda que a adoção do protocolo pela maior emergência do SUS no Estado não pode ser isolada. "É preciso aumentar leitos e melhorar a rede básica. A população continuará buscando o serviço, em situações graves ou não".