Em greve desde o último dia 20, os médicos residentes de São Paulo fizeram hoje manifestação na Praça da Sé. Em seguida, se reuniram na sede do Simesp para avaliar e definir os rumos do movimento. O presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de São Paulo, Fausto Figueira, participou da reunião e manifestou apoio ao movimento. “A Comissão está à disposição, sendo um reforço à luta dos médicos”, disse o deputado, que aceitou de imediato proposta feita pelos residentes de realização de audiência pública na Alesp, agendada então para 31 de agosto.
Já o presidente do Simesp e da Fenam, Cid Carvalhaes, destacou que a Federação está sendo interlocutora dos residentes com o governo. “Já houve proposta de 20% de reajuste por parte do representante do Ministério da Saúde, o secretário Francisco Campos, que foi rejeitada. Talvez consigamos avançar, continuaremos negociando”. Carvalhaes também ratificou apoio do movimento sindical, especialmente do Simesp, à greve nacional dos residentes.
Para o recém empossado presidente da Ameresp, Paulo Navarro (Unicamp), São Paulo está mostrando força e dando exemplo de mobilização. Segundo ele, o ato na Praça da Sé reuniu residentes de diversas cidades do estado como Botucatu, Campinas, Ribeirão Preto, Sorocaba, ABC Paulista, entre outras. Paulo Navarro informa que haverá na próxima quarta-feira, em Brasília, reunião da Comissão Nacional de Greve. “Nossa expectativa é de que na própria quarta ou no dia seguinte aconteça reunião com o governo, na qual tentaremos avançar nas negociações”.
Somando 22 mil médicos residentes em todo o País, a categoria reivindica 38,7% de reajuste na bolsa; instituição de data-base anual para o reajuste da bolsa; pagamento da 13ª bolsa; ampliação da licença-maternidade de 4 para 6 meses; pagamento do auxílio moradia e auxílio alimentação; cumprimento de carga horária máxima de 60h de trabalho semanais e melhores condições de trabalho.