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Protestos dos médicos têm ampla repercussão na imprensa

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14/04/2014 | Notícia Simesp

Protestos dos médicos têm ampla repercussão na imprensa

As mobilizações dos médicos nos estados ganharam destaque em toda a imprensa brasileira. Por meio das notícias veiculadas, as entidades médicas acreditam ter conseguido expor à sociedade o descaso do governo e das operadoras dos planos de saúde com a assistência oferecida. As denúncias dos médicos sobre as distorções do setor foram ainda reforçadas em campanha publicitária “O Brasil tem urgência de ser bem tratado!”, lançada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) no Dia Mundial da Saúde (7 de abril).

Os jornais trouxeram a notícia estampada entre as principais manchetes. O Diário de Pernambuco, por exemplo, trouxe o ultimato dos médicos contra operadoras dos planos de saúde que não negociaram com a categoria. Já O Liberal, principal impresso do estado do Pará, deu ênfase às reivindicações dos médicos durante as mobilizações. No Diário da Manhã, de Goiânia (GO), “Saúde sem tratamento” foi o destaque da página do caderno Cidades. Além da programação no estado, o jornal avaliou a crise na saúde pública e suplementar no país.

No Mato Grosso do Sul, o jornal O Progresso deu destaque ao lançamento do relatório divulgado em 7 de abril pelo CFM em parceria com a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados (CDHM). “Problemas no SUS ferem dignidade dos cidadãos”, aponta manchete do periódico. O anúncio do relatório, que também integrou a agenda nacional dos médicos no dia 7 de abril, teve ampla repercussão nas mídias impressas com fortes manchetes como “Comissão compara hospitais a ‘acampamentos de guerra” (O Estado de S.Paulo), “Em hospitais, falta até água para dar descarga, diz estudo” (O Globo) e “Investimento no SUS é ficção orçamentária” (Correio Braziliense).

Os protestos também foram destaque nos principais telejornais nacionais. O Jornal Nacional e o Jornal da GloboNews exibiram imagens das passeatas e dos manifestantes em São Paulo. No Jornal da Record News, além da cobertura dos atos realizados em todo o país, o diretor de comunicação do CFM, Desiré Callegari, conversou sobre o assunto, ao vivo e em estúdio, com o âncora Heródoto Barbeiro.

As rádios CBN, Rádio Nacional e outras também acompanharam as mobilizações pelo país e as programações das entidades médicas, com entrevistas ao vivo e com depoimentos de médicos e pacientes. Os veículos online também deram ampla cobertura aos protestos.

AÇÕES POLÍTICAS – No dia 8 de abril, foi a vez dos congressistas receberem dos médicos as reivindicações por melhorias na saúde. Durante audiência na Comissão Geral da Câmara dos Deputados, os médicos a aprovação – em caráter de urgência – do projeto de iniciativa popular (PLP 321/13)que 10% da receita corrente bruta da União no Sistema Único de Saúde (SUS). O subfinanciamento da saúde pública é um dos motivos que levaram os médicos a protestarem nas ruas de todo o país.

Na mesma data, representantes das entidades médicas nacionais acompanharam os trabalhos da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara, onde foi lido o relatório favorável ao PL 6.964/10, que traz a base legal para estabelecer critérios de negociação e reajuste dos médicos na saúde suplementar – outra antiga reivindicação da classe. O parecer teve pedido de vista do deputado Décio Lima, e deverá ir à votação no dia 16 de abril.

No fim da semana, o CFM emitiu nota solicitando a derrubada, pelo Senado Federal, de emenda à Medida Provisória 627/2013, que perdoa uma dívida de aproximadamente R$ 2 bilhões das operadoras de planos de saúde. Para o Conselho, a anistia aprovada pela Câmara beneficia somente as empresas de saúde suplementar – privilegiando o lucro das operadoras em detrimento à assistência de mais de 50 milhões de brasileiros que têm plano de saúde.