A Comissão de Ensino Médico se reuniu nesta terça-feira (26), em Brasília, para continuar o debate sobre a pesquisa que busca traçar um diagnóstico dos especialistas no pais com o objetivo de identificar as condições e realidades da formação médica. Preocupadas com a falta de algumas especialidades no mercado de trabalho, as diretorias das entidades médicas querem entender, por meio da pesquisa, os motivos da carência em determinadas áreas e buscar soluções para minimizar o problema.
Entre os desafios que os pesquisadores vão enfrentar está o de identificar o número real de especialistas, uma vez que nem todos os médicos que se especializam em determinadas áreas atualizam seus cadastros nos Conselhos de Medicina. Uma campanha para incentivar a atualização do cadastro é uma das propostas da comissão.
Para discutir o assunto, a comissão recebeu a presidente da Associação Brasileira de Educação Médica (ABEM), Jadete Barbosa Lampert, que apoiou a iniciativa da pesquisa. "A magnitude do que tem de ser feito é muito grande; é preciso ver a metodologia da pesquisa e criar um sistema de avaliação para acompanhar o desenvolvimento desses médicos também", defendeu Lampert.
Presente na reunião, o presidente da FENAM, Cid Carvalhaes, ressaltou a importância da pesquisa. "Não temos hoje referências estatísticas que possam nos dar a devida credibilidade de quantos somos, onde estamos, o que fazemos e o que precisamos fazer pela melhoria do ensino médico", apontou Cid Carvalhaes.
A ideia é apresentar alguns resultados da pesquisa no próximo Fórum Nacional do Ensino Médico, previsto para os dias 21 e 22 de junho. Durante a reunião, o presidente da FENAM convidou os membros da Comissão a participarem também do Fórum de Ensino Médico, que será realizado no Hospital dos Servidores do Estado de São Paulo, no dia 06 de julho.
A próxima reunião da comissão ficou agendada para o dia 09 de maio.