A saúde é de longe o principal problema do país, de acordo com a pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceira com o Ibope, divulgada nesta quinta-feira (25/7). A pesquisa aponta ainda que a saúde deve ser prioridade entre as falhas que devem ser corrigidas pelo governo de acordo com os entrevistados.
A pesquisa foi realizada entre os dias 9 e 12 de julho, depois dos protestos populares que atingiram o país, para avaliar cinco tópicos – governo Dilma Roussef; governos estaduais; manifestações populares; qualidade dos serviços públicos; e tributação, disponibilidade e uso dos recursos públicos.
Os entrevistados deveriam apontar os três problemas que consideravam principais de uma lista com 25 opções. A saúde foi assinalada por 77% deles, seguida por educação (39%), segurança pública/violência (38%). O uso de drogas e a corrupção completam o quadro dos cinco principais apontados, com 29% e 27%, respectivamente.
As escolhas da população para as prioridades do governo federal mostram correspondências com os principais problemas. Dentre os entrevistados, 58% apontam que a saúde deve ser a principal, seguida de combate à violência e à criminalidade. Combate à corrupção (28%) e educação (27%) aparecem tecnicamente empatadas em terceiro lugar.
Foram feitas 7.686 entrevistas em 434 municípios, sendo duas mil para a amostragem nacional e, as demais, realizadas em 11 estados.
A pesquisa revelou ainda que as mesmas percepções negativas sobre a saúde se estendem aos Estados. Dentre os entrevistados, 70% acreditam que o atendimento à saúde é o principal problema dos Estados. Nos municípios, o percentual de entrevistados que apontam a saúde como principal problema é de 59%.
Além da avaliação do governo federal e da atuação da presidente, a pesquisa mostra a opinião da população sobre o desempenho de 11 governadores que, juntos, são responsáveis por quase 90% do PIB (Produto Interno Bruto) industrial. Os Estados pesquisados foram Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
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