O Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) anunciou nesta terça-feira, dia 24 de julho, que a partir deste ano a realização do exame de avaliação dos alunos sextanistas de medicina passará a ser obrigatória para que o futuro profissional consiga registrar seu diploma no Estado de São Paulo. O resultado do exame, entretanto, não será fator condicionante para obter o registro.
A iniciativa de tornar obrigatório o exame, que já é aplicado pelo Cremesp desde 2005 e realizado de forma voluntária pelos alunos, se deve à queda acentuada da qualidade do ensino.
“O crescimento no número de novas escolas de medicina, que muitas vezes são autorizadas sem que haja biblioteca, hospital universitário adequado e a garantia de residência médica, e o crescimento no número de processos ético-profissionais nos últimos 10 anos avaliados pelo Cremesp são alguns dos fatores que fizeram com que a diretoria deste Conselho tornasse a participação no exame um dos requisitos para que o aluno consiga seu registro”, explicou Renato Azevedo, presidente do Cremesp.
Ele esclareceu ainda que não existe legislação específica proibindo o aluno que não passar no exame de avaliação de conseguir o registro profissional, mas avaliando integralmente todos os formandos do ano, é possível mapear o tipo de formação dos novos médicos. “Não temos competência legal para fiscalizar as escolas de medicina, mas podemos defender a sociedade da má prática médica”, disse Azevedo.
Este ano, a prova será aplicada no dia 11 de novembro. Ao final, os resultados do exame serão enviados individualmente aos candidatos e serão arquivados de modo sigiloso no Cremesp.
“A AMB apoia a iniciativa do Cremesp, pois julga ser muito importante conhecermos melhor o nível de formação dos nossos médicos. Salientamos ainda ser importante pautarmos nossas ações em busca de uma sólida formação médica, com a qualidade necessária para atender bem nossos pacientes”, falou Florentino Cardoso, presidente da AMB.