Os médicos decidiram fazer o ato e a paralisação, unanimemente, durante assembleia realizada pelo Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp) na noite de ontem, 10, devido à falta de resolução, após sucessivas reuniões de negociação com o secretário de saúde, José Sérgio Iglesias Filho. “Faremos um ato, porque os médicos têm negociado com a Prefeitura já há algum tempo, porém, as coisas não estão se concretizando. Então, os médicos irão denunciar à sociedade a situação precária da saúde pública no município, a falta de insumos e medicamentos, a falta de condições dignas de trabalho e o descaso com que vêm sendo tratados os médicos”, conta Eder Gatti, presidente do Simesp e completa: “A Prefeitura não leva em consideração a qualidade dos atendimentos”.
Gatti salienta que a categoria reivindica garantia aos profissionais de condições para atendimento com dignidade e qualidade; concursos públicos para recompor o quadro de profissionais; provimento de insumos e medicamentos aos serviços de saúde; compra e manutenção de ambulâncias para garantir a chegada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) quando os cidadãos precisarem; que não haja terceirização da gestão ou da mão de obra nas unidades de saúde do município de Guarulhos; que haja provimento de retaguarda de especialidades para as Unidades Básicas de Saúde (UBSs); e que o protocolo de urgência e emergência do município seja revisado.
O Simesp notificou a decisão dos médicos, por meio de ofícios ao Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), ao Conselho Municipal de Saúde de Guarulhos, ao Ministério Público, ao prefeito da cidade e ao secretário municipal da Saúde.