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Pacientes também apoiam reivindicação dos médicos

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08/04/2011 | Notícia Simesp

Pacientes também apoiam reivindicação dos médicos

A manifestação dos médicos exigindo mais respeito por parte das operadoras de planos de saúde, marcada pela paralisação dos atendimentos e passeata no centro de São Paulo na última quinta-feira (7 de abril, Dia Mundial da Saúde), foi apoiada pelos pacientes, que também sofrem com as interferências no trabalho dos médicos, negativas de cobertura de exames e procedimentos, falta de ampliação das redes credenciadas, baixos honorários médicos, etc.

Conforme apontou Flávio de Ávila, presidente da Associação dos Usuários de Planos de Saúde do Estado de São Paulo (Aussesp), a entidade é a favor da manifestação, em função da grande carga horária de trabalho que os médicos estão praticando para conseguir sobreviver, o que os leva à exaustão e resulta em um tempo muito pequeno para atendimento aos pacientes. “As operadoras devem remunerar os profissionais de forma justa, uma vez que eles são os responsáveis por cuidar das nossas famílias”, completou.

Maria do Socorro Gomes Moreira, visitante de Manaus que acompanhou a passeata, disse que a situação também é muito comum em sua cidade. “Os médicos estudam muito, renunciam uma parte da vida deles para chegar à posição e, quando vão trabalhar e repor o que gastaram para se formar, os planos de saúde não dão valor, não reconhecem os médicos e nem os pacientes que pagam a mensalidade; eu apoio a causa”, argumentou Maria do Socorro, que trabalha na área de segurança.

Sobre outros graves problemas dos planos de saúde, de limitar a quantidade de consultas que os médicos podem atender por dia e de ter redes credenciadas enxutas, Ávila informou que são estratégias das operadoras, já que desta maneira elas conseguem fazer mais ou menos uma estimativa de quantas consultas vão pagar por mês aos médicos. “Isso é uma estratégia administrativo-financeira, uma realidade infelizmente, e nós, os usuários de planos de saúde, somos sempre os prejudicados, ficamos 60, 90 dias para conseguir uma consulta”, finalizou.