Depois dos anestesistas, pediatras, cardiologistas e ginecologistas/obstetras, agora são os angiologistas e cirurgiões vasculares que se manifestam contra os planos de saúde. A Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) lançou hoje, 25 de novembro, campanha para reivindicar melhores condições de trabalho, especificamente no que se refere à remuneração. Para o presidente da Federação Nacional dos Médicos (Fenam) e do Simesp, Cid Carvalhaes, “a manifestação dos colegas angiologistas e cirurgiões vasculares é legítima, e vai ao encontro do que temos defendido em nossas entidades. A realidade do médico é angustiante. No que diz respeito aos planos de saúde é muito mais grave, pois a remuneração é vergonhosa. Na maioria das vezes, como provamos no caso dos anestesistas, o que o médico recebe do plano de saúde por uma cirurgia às vezes não dá para pagar o estacionamento do hospital”.
Os médicos decidiram dar prazo de 60 dias, a contar de 1º de dezembro, para a negociação ser efetivada. Se não houver acordo, há a possibilidade de greve.
À imprensa, o presidente da SBACV, Guilherme Pitta, disse que o objetivo central da campanha é “cobrar das operadoras de saúde a implantação da quinta edição da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM). O valor médio pago ao médico por uma consulta é menor que R$ 40. A tabela da CBHPM determina que a consulta deveria valer, no mínimo, R$ 52”.