O Sindicato dos Médicos de São Paulo apoia médicos e médicas da APS carioca que se mobilizaram e paralisaram no último dia 21 de maio e continuam em movimento na exigência de melhores condições de trabalho.
A Atenção Primária à Saúde (APS) brasileira tem reunido profissionais exauridos por demandas inatingíveis e sobrecarga de trabalho em condições nem sempre adequadas, muitas vezes com infraestrutura precária, falta de segurança física, escassez de materiais e insumos, dentre outros problemas que atravessam gestões municipais sucessivas.
No município do Rio de Janeiro, somam-se a isso metas de produtividade, aumento das atribuições, equipes subestimadas sem aumento salarial há quatro anos, com diversos penduricalhos salariais que se perdem no que diz respeito a direitos trabalhistas. Não há plano de carreira ou incentivo pela permanência dos profissionais na rede, impactando a longitudinalidade, fundamental para a APS.
Qualquer semelhança não é mera coincidência. A APS paulistana não está em melhor situação. Temos similaridades suficientes e outras questões extremamente graves também na cidade de São Paulo que justificariam paralisações por aqui também.
Todo apoio às e aos colegas médicas e médicos da APS carioca.