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Nota de solidariedade do Simesp diante das perdas de profissionais da saúde no conflito Israel-Hamas

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08/07/2025 | Notícia Simesp

Nota de solidariedade do Simesp diante das perdas de profissionais da saúde no conflito Israel-Hamas

O Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp) manifesta sua solidariedade à comunidade médica internacional diante das perdas humanas causadas pelo conflito entre Israel e o Hamas. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 1.060 profissionais da saúde já perderam a vida desde o início dos confrontos.

Entre essas perdas, a mais recente que temos notícia é a morte do obstetra Mousa Khafaja, que faleceu ao lado da esposa e de três de seus quatro filhos após um ataque aéreo em Gaza no início de julho. Mesmo sob bombardeios constantes,Khafaja se dedicou a salvar vidas, tendo atendido centenas de mulheres e recém-nascidos. Sua trajetória representa o esforço silencioso e incansável de tantos profissionais que continuam atuando com coragem e humanidade, mesmo em condições extremamente adversas.

A dor pela perda de um colega, ainda que em outro continente, é sentida por toda a categoria. Médicos de São Paulo — assim como em qualquer parte do mundo — compartilham da mesma missão de salvar vidas e sabem o que significa enfrentar situações-limite para atender a população. As mortes e perseguições de médicos em zonas de guerra nos lembram da vulnerabilidade da profissão, da importância da proteção humanitária e do respeito ao exercício da medicina, independentemente do local ou contexto político.

O Simesp também expressa sua solidariedade ao médico Abu Safiya, diretor do , detido por forças israelenses. Casos como esse chamam atenção para o risco de criminalização do exercício médico em contextos de conflito, algo que preocupa profundamente todos os que defendem a ética e a neutralidade da medicina.

Os médicos brasileiros sentiram na pele o que é trabalhar em condições extremas durante a pandemia de Covid-19, quando muitos atuaram sem recursos adequados, sob pressão extrema e perderam colegas, pacientes e familiares. Essa experiência reforça a empatia com profissionais que, em outras partes do mundo, também arriscam suas vidas para atender seus pacientes. 

Ao se solidarizar com os colegas afetados pela guerra, o Simesp reafirma seu compromisso com a vida, com a dignidade da profissão médica e com a defesa de condições seguras para o exercício da medicina — valores que transcendem fronteiras.