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Ministério Público confirma superlotação em hospital vistoriado pela FENAM

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02/05/2011 | Notícia Simesp

Ministério Público confirma superlotação em hospital vistoriado pela FENAM

O Ministério Público Estadual, através da promotoria de saúde, submeteu o Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa (PB), a uma segunda inspeção em 15 dias, e confirmaram a superlotação da unidade, verificada também na primeira inspeção, realizada no dia 14 de abril, pela Federação Nacional de Médicos (FENAM) e o Sindicato dos Médicos da Paraíba (Simed-PB). De acordo com o promotor da saúde, João Geraldo Barbosa – responsável pela fiscalização – foram encontrados pacientes em macas pelos corredores, agulhas espalhadas pelo chão, além de infiltrações nas paredes e falta de material em alguns setores.

Os veículos de comunicação não puderam acompanhar o trabalho porque a Secretaria de Comunicação Social (SECOM) do Governo do Estado não permitiu a entrada de fotógrafos e cinegrafistas dentro da unidade. Um fotógrafo da Secom foi o único autorizado a fazer imagens da inspeção. "Isso não se pode fazer. Impedir a imprensa de acompanhar uma inspeção que busca a melhoria da saúde pública", disse o promotor João Geraldo. Ele explicou que um relatório contendo todos os problemas encontrados na fiscalização de ontem será elaborado pelo Ministério Público e depois entregue aos diretores do hospital.

O Procurador Geral Adjunto do Estado, Wladimir Romaniuc Neto, disse que o Governo irá aguardar o relatório proveniente da inspeção realizada para se pronunciar sobre o assunto e adotar as possíveis medidas recomendadas.

De acordo com diretor administrativo do Hospital de Trauma, o médico Ginaldo Lago de Melo Filho, estão sendo assistidos atualmente cerca de 220 pacientes na unidade. Porém, 80% desses pacientes são de cirurgias eletivas, casos de traumatologia, mas sem urgência. "Pela carência da rede hospitalar na Paraíba, todos os atendimentos acabam sendo concentrados no Trauma. Nós não podemos deixar de atender às pessoas, por isso acontece a superlotação", explicou.

Ele afirmou que desde o ano passado o hospital já registrava excesso de pacientes. Problema, segundo ele, devido à carência de hospitais especializados em outras regiões do Estado.