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Mesmo após o acordo de cessar-fogo, o diretor de hospital em Gaza segue detido por Israel sob denúncias de tortura e sem previsão de libertação

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14/10/2025 | Notícia Simesp

Mesmo após o acordo de cessar-fogo, o diretor de hospital em Gaza segue detido por Israel sob denúncias de tortura e sem previsão de libertação

Simesp se soma a vozes internacionais pela libertação do médico Hussam Abu Safiya

Segundo informações da Al Jazeera e CNN, até esta segunda-feira (13/10), o médico palestino Hussam Abu Safiya, diretor de um hospital em Gaza, continuava preso por forças israelenses — mesmo após o início da troca de prisioneiros prevista no acordo de cessar-fogo firmado entre Israel e Hamas. Detido desde dezembro de 2024, o pediatra é acusado de forma arbitrária e mantido sem julgamento, segundo denúncias da Anistia Internacional e de outros organismos de direitos humanos.

Abu Safiya foi capturado dentro do Hospital Kamal Adwan, onde continuava trabalhando mesmo após perder o filho em um bombardeio israelense. Em entrevista a Al Jazeera, a defesa do médico afirma que ele tem sido submetido à tortura e privação de alimento na prisão militar de Ofer.

Entidades internacionais, incluindo o Council on American-Islamic Relations (Cair) e a Organização das Nações Unidas (ONU), vêm cobrando a libertação imediata do médico e de outros profissionais de saúde palestinos detidos sem acusação formal.

Para a secretária geral da diretoria plena do Simesp, Juliana Salles, a prisão de Abu Safiya simboliza a arbitrariedade e a brutalidade com que Israel tem tratado civis e profissionais da saúde palestinos.“O caso do Dr. Hussam Abu Safiya é revoltante. Ele foi preso por exercer sua profissão e cuidar de pessoas em meio à guerra. A família tem sido torturada pela incerteza de não saber quando ou se será libertado. Assim como denunciamos as injustiças aqui no Brasil, também nos solidarizamos com todos os médicos, médicas e demais profissionais de saúde que são perseguidos por cumprir o dever ético de salvar vidas”, afirmou Juliana.

O Simesp reforça seu repúdio às prisões arbitrárias, aos ataques contra trabalhadores da saúde e à violação dos direitos humanos em Gaza. O sindicato se soma às vozes que exigem a libertação imediata do Dr. Hussam Abu Safiya e de todos os profissionais de saúde detidos ilegalmente.