Médicos residentes reavaliam greve na segunda, 29

Médicos residentes reavaliam greve na segunda, 29

Os médicos residentes do Hospital São Paulo (hospital universitário da Universidade Federal de São Paulo – Unifesp) devem avaliar o movimento grevista em nova assembleia na próxima segunda-feira, 29.

Com as atividades suspensas desde o dia 23, os residentes reclamam que ao longo dos anos houve um aumento no número de procedimentos no hospital, sem que houvesse repasse de verbas equivalente para que fosse mantida a estrutura e a qualidade do atendimento.

Para piorar, os médicos dizem que o governo federal cortou 40% do orçamento do hospital e da Unifesp, além de redução também no repasse do governo estadual. A situação levou a redução das cirurgias, falta de insumos básicos como antibióticos, corticoides, quimioterápicos e vermífugos. Além disso, há equipamentos de diagnósticos quebrados ou inoperantes.

“A situação do hospital está gravíssima, além da formação dos residentes está em risco a saúde da população”, explica Gerson Salvador, diretor da entidade. O diretor do Simesp explica que o hospital São Paulo é um serviço quartenário de portas abertas e que pela falta de médicos e equipes incompletas os residentes ficam sobrecarregados e a fila para atendimentos ficará ainda maior pela falta de profissionais.

Abraço

Na manhã da última quarta-feira, 24, debaixo de forte garoa, os residentes deram um abraço simbólico no prédio do hospital para chamar a atenção para a falta de estrutura. Cerca de 300 residentes participaram do ato. Os médicos reivindicam melhores condições de atendimento, pois faltam insumos básicos para o trabalho. “Foi um ato rápido e silencioso, mas que chamou atenção da população para nosso movimento”, explica Klaus Ficher, presidente da Associação dos Médicos Residentes da Escola Paulista de Medicina (Amerepam).