Os médicos residentes do Hospital São Paulo entraram em greve nesta terça-feira, 23. Os grevistas pedem melhores condições de trabalho para o atendimento à população que, de acordo com os residentes, tem sido prejudicado com o corte do repasse de verbas feito pelos governos federal e estadual, respectivamente, de 40% e 10% do valor inicialmente previsto (ainda de acordo com os médicos residentes).
Segundo o diretor do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp), Gerson Salvador, mesmo com a diminuição dos repasses, o número de atendimentos aumentou significativamente. “O Hospital São Paulo é um serviço quartenário de portas abertas. Pela falta de médicos e equipes incompletas os residentes ficam sobrecarregados e a fila para atendimentos fica enorme pela falta de profissionais. É necessário garantir melhorias para que a população receba um atendimento adequado”, avalia.
A unidade de saúde, hoje administrada pela Associação Paulista para Desenvolvimento da Medicina (SPDM), é o hospital universitário da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Sendo mantido, portanto, pelo governo federal, mas também por recursos da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (para saber mais, clique aqui). A paralisação foi definida em assembleia na segunda-feira, 22. Foi criado um comando de greve, formado por representantes das diversas áreas médicas, para liderar o movimento.
De acordo com o diretor do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp), Otelo Chino Júnior, presente na assembleia, mesmo com as propostas de aporte financeiro dos governos federal e estadual, feitas na última semana, estima-se que os recursos só serão suficientes para aproximadamente um mês, o que, segundo ele, não sanará os problemas enfrentados no hospital.