Em assembleia nesta segunda-feira, 22, os médicos residentes do Hospital São Paulo decidiram entrar em greve a partir de amanhã. A decisão foi praticamente unânime. Um comando de greve, formado por representantes das diversas áreas médicas, irá liderar o movimento.
Os grevistas pedem melhores condições de trabalho para o atendimento à população que, de acordo com os residentes, tem sido prejudicado com o corte do repasse de verbas feito pelos governos federal e estadual, respectivamente, de 40% e 10% do valor inicialmente previsto (ainda de acordo com os médicos residentes).
A unidade de saúde, hoje administrada pela Associação Paulista para Desenvolvimento da Medicina (SPDM), é o hospital universitário da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Sendo mantido, portanto, pelo governo federal, mas também por recursos da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (para saber mais, clique aqui).
A assembleia, de acordo com o presidente da Associação dos Médicos Residentes da Escola Paulista de Medicina (Amerepam), Klaus Nunes Ficher, reuniu cerca de 300 pessoas na quadra esportiva da Associação Atlética da Escola Paulista de Medicina.
De acordo com o diretor do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp), Otelo Chino Júnior, presente na assembleia, mesmo com as propostas de aporte financeiro dos governos federal e estadual, feitas na última semana, estima-se que os recursos só serão suficientes para aproximadamente um mês, o que, segundo ele, não sanará os problemas enfrentados no hospital.