Os médicos residentes do Hospital Heliópolis, em greve desde 2 de junho, decidirão, na quinta-feira, 11, os rumos do movimento. A assembleia, que será no próprio hospital, está marcada para às 11h. “A nossa briga principal é aumentar a quantidade de horários cirúrgicos. Isso iria diminuir a fila de espera”, disse, na tarde de terça-feira, 9, o médico residente Paulo Pádua Junior.
Segundo os residentes, a greve é motivada pela redução de 50% no número de cirurgias de média e alta complexidade nos últimos dois anos. A redução seria pela falta de anestesiologistas.
Paulo Pádua Junior esclareceu a rotina dos grevistas desde a semana passada: panfletagens diárias na porta do hospital (nos períodos da manhã e tarde) e conversas com os pacientes que aguardam na área de espera da unidade para explicar os motivos da paralisação. Até o momento, de acordo com Pádua, foram confeccionados 4 mil panfletos. Desses, 3 mil já foram distribuídos.
Paulo Pádua Junior, residente em cirurgia geral, disse que a maioria dos 57 médicos residentes do hospital aderiu ao movimento. O médico esclareceu que apenas os residentes da cirurgia vascular não participam da greve. “Apesar de se mostrarem insatisfeitos”, ressaltou.