“A administração do hospital alega que já relatou o problema para a Secretaria Estadual da Saúde diversas vezes, solicitando a contratação de médicos por concurso público. Porém, a Secretaria, de forma sistemática, responde que não abrirá concurso”, denuncia Eder Gatti, presidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp).
Em 13 de março, Gatti visitou o Mandaqui e apontou diversos problemas. O pronto-socorro adulto, por exemplo, está superlotado. São mais de 42 pacientes hospitalizados em corredores e na sala de medicação (deitados em macas ou até mesmo em cadeiras). Além disso, há pelo menos 18 pacientes em leitos de retaguarda do pronto-socorro (leitos que deveriam atender pacientes de complexidade intermediária que chegam à emergência do hospital). Entre esses pacientes há pessoas em situação grave e que precisam de cuidados mais intensivos.
“Além da superlotação, o hospital sofre com a falta de profissionais na equipe de clínica médica, chegando a ficar sem nenhum médico durante os plantões em, pelo menos, três dias na semana. Esse déficit é muito grave, pois deixa a população desassistida”, ressalta Gatti. O Simesp já formalizou denúncia ao Ministério Público sobre a situação vivenciada no hospital.
Ensino
O conjunto hospitalar também possui um programa de residência médica que está prejudicado pela falta de médicos para atuar como preceptores. Portanto, também há prejuízo na formação dos médicos residentes que fazem estágio no pronto-socorro.