Médicos da cidade de São Paulo fizeram uma passeata na região central da cidade em protesto contra as operadoras de planos e seguros de saúde. Hoje, a categoria está fazendo uma manifestação em todo o país com a suspensão do atendimento aos pacientesconveniados para pedir reajuste no valor das consultas e fim do que consideram interferência das empresas na relação do médico com seus pacientes. Só os casos de emergência estão sendo atendidos.
No Rio, os médicos organizam uma manifestação no bairro Cidade Nova, em frente ao prédio onde está sendo realizado o Congresso Estadual de Obstetrícia. O ato público previsto para às 17h.
Em Curitiba, 85% dos médicos aderiram ao protesto, segundo balanço parcial da Associação Médica do Paraná e no interior do estado, taxa de paralisação seria de 70% da categoria. O Sindicato dos Médicos do Paraná montou uma tenda na Boca Maldita, local de manifestações populares no centro de Curitiba, para distribuir uma carta aberta à população. De manhã, os médicos participaram de plenárias para discutir, entre outros assuntos, um possível descredenciamento individual de cada profissional se não houver contrapartida das operadoras dos planos de saúde.
A paralisação dos médicos foi organizada pela Associação Médica Brasileira (AMB), pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), e pela Federação Nacional dos Médicos (Fenam) para chamar a atenção da população sobre a autonomia profissional, o respeito à autonomia de trabalho, além de alertar sobre a existência de um contrato sem regras claras.
De acordo com essas entidades, há 160 mil médicos trabalhando atualmente na saúde suplementar, atendendo cerca de 45,5 milhões de usuários de planos de assistência médica no Brasil. Por ano, são realizadas cerca de 223 milhões de consultas e 4,8 milhões de internações por meio de planos de saúde.