O Sindicato dos Médicos de São Paulo avalia que fechar unidades de Assistência Médica Ambulatorial (AMA) sem estruturar os serviços de atenção primária pode causar desassistência à população ou até o colapso do sistema como um todo. “Não foram construídas novas Unidades Básicas de Saúde, o número de equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF) não foi ampliado, nem o número de consultórios. Então, como as UBS irão dar conta desse atendimento?”, questiona Ademir Lopes Jr., diretor do Simesp.
O Simesp está acompanhando a proposta da gestão João Doria para a reestruturação da rede atenção à saúde e vem tentando estabelecer diálogo com a Secretaria Municipal de Saúde, apresentando uma série de sugestões para que essa transição seja feita da melhor maneira e que os profissionais sejam respeitados e valorizados. “Até o momento, não há retorno da gestão quanto às garantias trabalhistas e de garantia de emprego dos médicos que atuam nas AMAs, que também foi um dos pontos colocados ao secretário Wilson Pollara em reunião com o Simesp”, salienta Lopes Jr. e completa: “Percebemos que as mudanças estão sendo feitas à revelia da discussão com os médicos”.
Pesquisa
Além dessa reunião, o Simesp está desenvolvendo uma pesquisa para saber a opinião dos médicos sobre o fechamento das AMAs na cidade de São Paulo. O questionário online estará disponível para os médicos até às 23h59 do dia 21 de março. A contribuição dos médicos que trabalham em AMAs e/ou em UBS será fundamental para o mapeamento da situação enfrentada pelos profissionais. Clique aqui e responda. Levará apenas cerca de 2 minutos.
Os resultados dessa pesquisa vão fornecer ao Simesp dados concretos de como a reestruturação está sendo realizada efetivamente e como o Sindicato poderá lutar pelos diretos trabalhistas e por condições dignas de trabalho para os médicos que atuam nesses serviços.