Crédito: Nádia Machado
Nesta sexta-feira, 27 de junho, o Simesp esteve presente e apoiou a assembleia geral da saúde convocada pelo SindSaúde-SP, realizada em frente à Secretaria de Estado da Saúde, na capital paulista. A paralisação dos atendimentos dos médicos nesta data foi aprovada em assembleia na última terça-feira, dia 24 de junho. Também foi aprovada a greve de todos os servidores estaduais a partir do dia 16 de julho.
Trabalhadoras e trabalhadores marcharam até o Masp, onde se reuniram com profissionais da educação, transporte e demais categorias do funcionalismo público para o Ato Unificado Contra as Privatizações, em Defesa do Funcionalismo e dos Serviços Públicos. A mobilização denunciou os ataques aos direitos dos servidores e à qualidade dos serviços oferecidos à população.
Com a ameaça constante de privatizações e retirada de direitos, tanto a assembleia quando o ato unificado buscam mobilizar servidores e pressionar o governo estadual a interromper o processo de entrega de setores essenciais — como saúde, educação, transporte e saneamento — à lógica do lucro. A iniciativa reúne centrais sindicais, movimentos populares e frentes como a Brasil Popular e Povo Sem Medo.
Na área da saúde, os profissionais enfrentam condições cada vez mais precárias: terceirizações por meio de OSs, sobrecarga de trabalho e arrocho salarial. Médicos e médicas da rede estadual sofrem com a falta de concursos, acúmulo de plantões e a ausência de uma política pública que valorize o SUS e seus trabalhadores.
A assembleia também se colocou contrária ao anúncio da privatização da gestão no Hospital Heliópolis, Hospital Ipiranga e Hospital Infantil Darcy Vargas para Organizações Sociais de Saúde (OSs). A medida representa mais um ataque à saúde pública e ao funcionalismo, com graves consequências tanto para os profissionais da saúde quanto para a população usuária do Sistema Único de Saúde (SUS).
“Há uma tentativa deliberada de desmontar o serviço público. O sucateamento da saúde estadual é uma política que favorece a privatização. A terceirização desvaloriza os servidores, precariza as condições de trabalho e, sobretudo, compromete o cuidado com a população”, afirma Juliana Salles, secretária geral do Simesp.
A mobilização também integra a Jornada de Lutas contra a reforma administrativa articulada nacionalmente pelas entidades representativas do funcionalismo.