Os profissionais que desejarem aderir ao movimento paredista do dia 14 devem procurar o Simesp, que orientará os médicos e informará sobre a paralisação às respectivas empresas. A Prefeitura de São Paulo e a Secretaria da Saúde já foram notificadas.
“As mudanças afetam a qualidade de vida de todos, inclusive a do médico. Junto a isso, coloca em xeque a saúde da população, que vai trabalhar por mais tempo em condições cada vez mais precárias, sem qualquer garantia de seus direitos.”, explica a diretora do Simesp, Juliana Salles.
Segundo Juliana, o contexto proposto pela reforma da previdência como as mudanças no tempo de contribuição e idade mínima e nas regras para concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC) e capitalização individual, é incompatível com a defesa da seguridade social – que engloba previdência, saúde e assistência social – e afeta negativamente o exercício da medicina e os profissionais médicos.
Entenda a reforma
Em janeiro de 2019, Jair Bolsonaro protocolou a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) de nº 06. Se aprovada, a PEC será a continuação do projeto de precarização das relações de trabalho iniciado com a reforma trabalhista, aprovada em 2017, representando o fim de um dos mais importantes direitos trabalhistas hoje consolidados: a aposentadoria. A proposta de nova previdência se caracteriza por uma corrida de obstáculos sem linha de chegada, que marca o fim da seguridade social e o aprofundamento da desigualdade, por meio da desconstitucionalização do direito à aposentadoria.