O movimento médico de São Paulo definiu, durante reunião em 1º de outubro, na Associação Paulista de Medicina, a suspensão do atendimento eletivo às operadoras de saúde entre os dias 10 a 18 deste mês. A paralisação envolverá todos os médicos que atendem os planos-alvo nos dias 10 e 18. De 11 a 17, o atendimento será suspenso em rodízio de especialidades. As urgências e emergências serão mantidas.
O calendário inicial sugerido é o seguinte:
10/10: Todos os médicos credenciados dos planos-alvo
11/10: Ginecologia e Obstetrícia, Anestesiologia e Cardiologia
15/10: Endocrinologia, Cirurgia de Cabeça e Pescoço e Pneumologia
16/10: Ortopedia e Traumatologia, Angiologia, Cirurgia Vascular e Medicina do Esporte
17/10: Endoscopia, Dermatologia e Alergia e Imunologia
18/10: Todos os médicos credenciados dos planos-alvo
O atendimento será suspenso ao grupo de operadoras que sequer aceitou negociar com a classe médica ou aquelas que não enviaram propostas suficientes até o momento. São elas:
1. Golden Cross
2. Green Line
3. Intermédica
4. Itálica
5. Metrópole
6. Prevent Sênior
7. Santa Amália
8. São Cristóvão
9. Seisa
10. Tempo Assist
11. Trasmontano
12. Universal
Um novo grupo será anunciado até a data da paralisação. A comissão de negociação continua à disposição das empresas para receber propostas.
Na próxima terça-feira, 9 de outubro, às 13h30, será realizada entrevista coletiva à imprensa na sede da APM (entradas pela Av. Brigadeiro Luís Antonio, 278 e Rua Francisca Miquelina, 67), onde serão esclarecidos detalhes sobre a paralisação de protesto, com a participação das sociedades de especialidade e instituições parceiras que apoiam o movimento, além do Ministério Público.
Reivindicações
A pauta de reivindicações do movimento médico paulista inclui consulta a R$ 80, valores dos procedimentos atualizados conforme a CBHPM (Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos) e inserção nos contratos de critério de reajuste a cada 12 meses.
Participaram da reunião de 1º de outubro o conselheiro do Cremesp, Kazuo Uemura; o presidente da APM, Florisval Meinão; e representantes da da Academia de Medicina de São Paulo; Luiz Celso Mattosinho França; da Associação Brasileira de Cirurgiões-Dentistas, Silvio Cecchetto.