Convocados para assembleia extraordinária, que aconteceu ontem, dia 23, na sede do Sindicato, médicos de Natal definiram novas propostas, que podem levar ao fim da greve. A assembleia foi decidida após diálogo do presidente do Sinmed/Rio Grande do Norte, Geraldo Ferreira, e o chefe do gabinete da Prefeitura de Natal, Kalazans Bezerra, que abriu espaço para nova audiência, na qual serão apresentadas soluções relativas à gratificação dos municipalizados, ponto de impasse para implantação do Plano de Carreira, Cargos e Vencimentos (PCCV).
Da assembleia participou o presidente da Fenam e do Simesp, Cid Carvalhaes, que foi a Natal fortalecer as negociações como representante nacional das entidades médicas. Na assembleia, Cid Carvalhaes falou sobre a luta nacional contra as privatizações e sobre o Plano Fenam como referencial para as conquistas salariais. O presidente da Fenam parabenizou o Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte pelos avanços conquistados durante a greve, mas frisou aos médicos que “a guerra ainda não foi vencida”. Na assembleia, com participação maciça dos profissionais, interessados na busca de negociação, foi discutida a melhor forma de incluir os médicos municipalizados. Após debates e votação, ficou acertado que o sindicato poderá negociar alterações dos valores a serem determinados para o plantão ou a gratificação específica por local de trabalho, a fim de contemplar os 147 profissionais municipalizados com abono de cerca de R$ 1 mil.
Hoje, sexta-feira, as novas propostas serão apresentadas aos representantes do município, em audiência no gabinete civil da Prefeitura, com a presença de todos os médicos, que devem comparecer para o fortalecimento do diálogo. À noite, em assembleia, os médicos analisarão as propostas, marcando ou não o fim da greve. A assembleia acontece às 19h, na sede do Sinmed.
Médicos de Caxias também em greve
Diversos sindicatos, reunidos em assembleia geral da Federação Nacional dos Médicos/Regional Sul Brasileira, que aconteceu em Florianópolis, no último dia 21, manifestaram total apoio e solidariedade ao Sindicato dos Médicos de Caxias do Sul e aos médicos da rede municipal daquela cidade, em greve pela implantação do Plano de Carreira, Cargos e Vencimentos que contemple o piso nacional da categoria (R$ 8.594,35) para 20 horas semanais.
Segundo os sindicatos, “a busca por remuneração que reconheça e valorize a formação profissional e o trabalho da categoria é hoje luta dos médicos em todo o País e caminho para garantir atendimento digno pelo SUS”.
Assinam o documento: Sindicato dos Médicos de Criciúma, Sindicato dos Médicos de Novo Hamburgo, Sindicato dos Médicos do Paraná, Sindicato dos Médicos de Rio Grande, Sindicato Médico do Rio Grande do Sul, Sindicato dos Médicos do Estado de Santa Catarina e Sindicato dos Médicos de Santa Maria.