Os médicos com vínculo a organização social SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina), gestora de serviços de saúde da Prefeitura Municipal de São Paulo suspenderam a paralisação, na última sexta-feira, 18, em assembleia realizada na sede do Simesp, mas continuam em estado de greve até o fim das negociações. Também foi deliberado que a Comissão de Médicos será mantida para reivindicar melhores condições de trabalho.
A decisão foi tomada após o recebimento dos 25% do salário que ainda restavam ser pagos, nesta sexta. Os médicos haviam recebido 75% do valor na quarta-feira, 16, mas decidiram por paralisação até o recebimento total dos vencimentos.
Negociações
Durante a assembleia os médicos também foram informados que o Sindicato foi procurado pela SPDM e recebeu um de seus superintendentes na última quinta-feira, 17. Nesta reunião, a SPDM aceitou a proposta de abrir uma Mesa de Negociação Permanente para debater questões de condições de trabalho e valorização do médico.
Porém negou que tenha havido casos de coações e ameaças como relatado pelos médicos que, em alguns casos, registraram Boletins de Ocorrência. A associação também disse não saber o motivo pelo qual a prefeitura não fez o repasse na data prevista.
Os médicos da SPDM entraram em greve falta do pagamento referente ao mês setembro passado e de plantões extras realizados há mais de 60 dias. Os médicos também reivindicam melhores condições de trabalho, melhor acolhimento ao paciente e aumento do número de profissionais, visando melhorar a qualidade do atendimento ao usuário.