Em assembleia realizada no Simesp na última terça-feira, os médicos da Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM) deliberaram entrar em greve a partir da zero hora desta quarta, dia 16. O motivo da greve é a falta de pagamento em setembro passado e de plantões extras realizados há mais de 60 dias. Os médicos também reivindicam melhores condições de trabalho, melhor acolhimento ao paciente e aumento do número de profissionais, visando melhorar a qualidade do atendimento ao usuário.
Na assembleia, foi definido que os médicos atenderão somente urgências e emergências – entende-se classificação de risco vermelho e amarelo. Além de estabelecidas Assembleias Permanentes durante o período de greve, que será realizada nesta quarta, às 19h30, para atualizar as informações e avaliar o movimento. O Sindicato está produzindo informativos à população, que serão distribuídos aos médicos nesta reunião.
Segundo informações, passadas verbalmente ao assessor jurídico do Sindicato, Edson Gramuglia, os cerca de 150 médicos com contrato nas regiões Aricanduva, Sapopemba e São Matheus receberam o salário integral, mas sem as multas.
Aproximadamente 600 médicos vinculados às 41 AMAS das zonas norte, leste, oeste e sudeste receberam 75% do valor creditado até o fim da tarde de ontem, com a promessa de que poderiam receber o complemento até o próximo dia 18.
A SPDM alegou desconhecer os motivos do atraso do repasse por parte da Prefeitura de São Paulo Informação que foi rechaçada pelos médicos, que manifestaram sua vontade soberana de não acolher justificativas superficiais. A OS também comunicou ao Simesp que haverá uma reunião com o prefeito Fernando Haddad ainda este mês. Na sequência, pretendem procurar o Sindicato para intermediar um acordo. “O Sindicato está e sempre esteve disponível para diálogo objetivando equacionar e resolver as condições de trabalho da categoria”, lembrou o presidente da entidade, Cid Carvalhaes.