Em assembleia extraordinária realizada na última quinta-feira (10), no Sindicato dos Médicos de São Paulo, os médicos com vínculo a organização social SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina), gestora de serviços de saúde da Prefeitura Municipal de São Paulo definiram em votação que entrarão em greve a partir da 0 hora de quarta-feira, 16, caso os vencimentos não sejam integralmente quitados. “Com os devidos ajustes financeiros, como juros e correções monetárias correspondentes ao período de atraso”, explicou o presidente do Sindicato, Cid Carvalhaes.
Nesta sexta-feira, o Departamento Jurídico do Sindicato notificou a SPDM. “Para que tome ciência da decisão da categoria e que ofereça, até terça-feira, uma proposta que contemple os interesses dos médicos e que satisfaça o pagamento de todos os salários atrasados”, ponderou o Assessor Jurídico do Simesp, Edson Gramuglia. Também serão informados sobre a deliberação de paralisação o Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp), a Associação Paulista de Medicina (APM) e o Ministério Público. Durante a greve os atendimentos a urgências e emergências serão mantidos.
Aproximadamente mil médicos, além de trabalhadores pertencentes a outras categorias, estão sendo prejudicados pela mora salarial, referente ao mês de setembro. “Somente este ano é a terceira vez que ocorre o atraso no pagamento e, além disso, não há nenhuma explicação, nem justificativa por parte da SPDM”, contou um dos médicos durante a reunião. Outra denúncia é o caso crônico de atraso de pagamento de plantões extras, que são efetuados após 60 dias, sem nenhuma correção.
Assembleia
Na próxima terça-feira, 15, às 20h haverá nova assembleia na sede do Simesp (rua Maria Paula, 78 – 1º andar) para discutir as condições de trabalho e avaliar eventual proposta da OS, além de definir as medidas quanto à organização da greve. “Caso haja o pagamento, nós vamos discutir as condições de trabalho que se encontram os médicos da SPDM”, ponderou Carvalhaes.