A avenida Paulista será cenário de uma grande manifestação, no dia 25 de abril (quinta-feira), quando médicos e cirurgiões dentistas devem lembrar o Dia Nacional de Alerta na Saúde Suplementar. Durante toda a manhã, serão abertas faixas nos semáforos nos dois sentidos da via, contendo as reivindicações do movimento. Também haverá panfletagem informando pedestres e motoristas sobre a ação. O ato público será às 10h, em frente ao prédio da Gazeta.
No mesmo dia ocorrerá paralisação de atendimento eletivo aos planos de saúde, para chamar a atenção da opinião pública sobre os abusos das operadoras. Urgências e emergências estarão garantidas.
As principais reivindicações são consulta no valor de R$ 90; reajuste dos procedimentos com recomposição das perdas acumuladas (balizador CBHPM); contratos dignos (sem fração de índices como critérios de reajuste); CBHPM como referência no processo de hierarquização; fim das interfaces das empresas na relação médico-paciente.
Confira abaixo a íntegra do Informe à População, elaborado pelas entidades médicas nacionais (CFM, AMB e Fenam):
"25 de abril: Dia Nacional de Alerta aos Planos de Saúde
Em 25 de abril, ocorrerá o Dia Nacional de Alerta aos Planos de Saúde, que configura um protesto contra os abusos praticados pelas operadoras de planos de saúde na relação com os pacientes e com os médicos.
O protesto prevê a realização de atos públicos (assembleias, caminhadas, concentrações, entre outras), sendo que, o formato a ser adotado em cada localidade será definido em assembleias organizadas por Comissões Estaduais (compostas pelas Associações Médicas, Conselhos Regionais de Medicina, Sindicatos Médicos e Sociedades Estaduais de Especialidades).
Em caso de suspensão temporária, os pacientes serão atendidos em nova data, que será informada. O protesto não atinge os casos de urgência e emergência. Para eles, o atendimento está assegurado.
A mobilização é um alerta para os gestores das operadoras dos planos de saúde, para os gestores públicos e para a sociedade em geral. As entidades defendem a retomada do diálogo que garanta o atendimento dos seguintes pontos:
1- Reajuste das consultas, a partir de critérios a serem definidos em cada Estado, tendo como referência a CBHPM em vigor (R$ 67,82 em 2012);
2- Reajuste dos procedimentos, tendo como balizador a CBHPM em vigor (2012);
3- “Por uma nova contratualização, baseada na proposta das entidades médicas nacionais”;
4- Rehierarquização dos procedimentos, feita com base na CBHPM;
5- Apoio ao Projeto de Lei 6.964/10, que trata da contratualização e da periodicidade de reajuste dos honorários pagos aos médicos.
Sem o atendimento dessa agenda mínima, há risco de prejuízos para mais de 48 milhões de usuários de planos de saúde em todo o país. Contamos com a compreensão dos brasileiros nesta luta, cujo êxito trará ganhos significativos para toda a sociedade."