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Mais reflexão, mais encontros, mais mobilização

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20/10/2010 | Notícia Simesp

Mais reflexão, mais encontros, mais mobilização

O Dia do Médico foi marcado, ontem, pelo debate que aconteceu no Centro de Convenções Rebouças, e principalmente pelas palavras que fundamentaram o encontro: “Diante das graves insuficiências na saúde e na medicina, devemos nos mobilizar e agir!”.

Dos componentes da mesa à plateia, sobre alguns pontos não houve discordância: paralelamente a um intenso orgulho de ter-se abraçado a profissão, há um longo – e árido – caminho a ser trilhado. Como a categoria quer, real e definitivamente, condições justas e dignas de trabalho, a única e unânime saída é serem multiplicados os debates, como o de ontem, ampliadas a reflexão e análise sobre todos os problemas que atingem os médicos e, muito mais intensamente, investir-se e se insistir nas mobilizações, a fim de despertar os próprios médicos, a imprensa, parlamentares, enfim, os diversos setores da sociedade civil.

Na terça-feira da próxima semana, dia 26 de outubro, o terceiro item dessa pequena “pauta” de ações terá lugar em Brasília: haverá mobilização nacional dos médicos, que percorrerão espaços públicos, na renovada tentativa de serem ouvidos. A proximidade com o segundo turno das eleições, levantada no debate de ontem como um provável “problema” (a mobilização poderia ser vista como “atividade política”), foi minimizada pelo presidente do Simesp e da Fenam, Cid Carvalhaes: “Não podemos ficar à mercê do presidente que for eleito. Nossa luta transcende governos e partidos. Não somos apolíticos, e precisamos mostrar o que nos atinge, aquilo pelo qual lutamos”.

O presidente do Simesp frisou que a Carta à Nação, elaborada ao final do Encontro Nacional das Entidades Médicas (Enem), que aconteceu em julho, em Brasília, deveria, naquele momento, ser ratificada. No documento, exorta-se o médico a lutar permanentemente pela categoria, a fim de estabelecer, por exemplo, uma política de Estado para a medicina e para a Saúde. “Não podemos aceitar que essa política para a medicina e a Saúde seja de governos ou pessoas, mas firmar-se como política de Estado”, enfatizou o presidente do Simesp.

O debate foi promovido pela Federação das Entidades Médicas do Estado de São Paulo (Fenmesp), Simesp, Cremesp, APM e Academia de Medicina de São Paulo. Foram abordados, na apresentação inicial, três temas: pelo presidente do Cremesp, Luiz Alberto Bacheschi, “o novo Código de Ética Médica”; o presidente do Simesp falou sobre “remuneração médica e condições de trabalho”; e “a relação dos médicos com os planos de saúde” foi analisada por Jorge Carlos Machado Curi, presidente da APM. Os trabalhos foram coordenados por Yvonne Capuano, presidente da Academia de Medicina de São Paulo.

Dois parlamentares estavam presentes: o deputado federal reeleito Arlindo Chinaglia (PT), ex-presidente do Simesp, e o vereador (PSDB) Gilberto Natalini.