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Mais de 250 pessoas realizaram manifestação contra o fechamento do Oncocentro na manhã de hoje

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03/10/2019 | Notícia Simesp

Mais de 250 pessoas realizaram manifestação contra o fechamento do Oncocentro na manhã de hoje

Na manhã desta quinta-feira, dia 3 de outubro, mais de 250 pessoas se manifestaram contra o fechamento da Fundação Oncocentro de São Paulo (Fosp). O desmonte do serviço foi anunciado pelo Governo do Estado, que alegou ser uma unidade ociosa. Com falas emocionadas, pacientes com o rosto mutilados pelo câncer discursaram sobre a importância do serviço, que produziu suas próteses faciais. A fundação é essencial para o controle e prevenção do controle do câncer no estado, para a produção de próteses para esses pacientes e para a compilação de dados do câncer.

De acordo com Victor Vilela, representando do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp) no ato, o fechamento de unidades de saúde como a Fosp faz parte do plano de governo. “É uma política de Estado. O que vemos hoje no Oncocentro não acontece apenas aqui e precisamos nos organizar junto com os outros serviços de saúde para evitar esse desmonte.”

São 89 funcionários atuando no Oncocentro e que realizam mais de 260 mil exames por ano entre Papanicolau, biópsias e análises imuno-histoquímicas. “Esse é o maior laboratório público do estado de São Paulo. Não dá para desmobilizar esse serviço sem que haja uma perda essencial para a população”, explicou Alexandre Ab’Saber, diretor do laboratório de patologia da Fosp.

Para Gerson Salvador, diretor do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp), o governador João Doria está destruindo um serviço público que hoje é insubstituível, abandonando a população. “Chamar a unidade de ociosa, conforme foi divulgado, é uma afronta aos profissionais que assistem pessoas com suspeita ou diagnóstico de câncer. Além disso, tal postura demonstra como a Secretaria de Estado da Saúde (SES) desconhece a relevância de seus serviços.”

No dia 28 de agosto foi realizada uma audiência pública na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) para debater o possível fechamento da fundação. O Simesp apoia o movimento dos profissionais.