De acordo com Victor Vilela, representando do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp) no ato, o fechamento de unidades de saúde como a Fosp faz parte do plano de governo. “É uma política de Estado. O que vemos hoje no Oncocentro não acontece apenas aqui e precisamos nos organizar junto com os outros serviços de saúde para evitar esse desmonte.”
São 89 funcionários atuando no Oncocentro e que realizam mais de 260 mil exames por ano entre Papanicolau, biópsias e análises imuno-histoquímicas. “Esse é o maior laboratório público do estado de São Paulo. Não dá para desmobilizar esse serviço sem que haja uma perda essencial para a população”, explicou Alexandre Ab’Saber, diretor do laboratório de patologia da Fosp.
Para Gerson Salvador, diretor do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp), o governador João Doria está destruindo um serviço público que hoje é insubstituível, abandonando a população. “Chamar a unidade de ociosa, conforme foi divulgado, é uma afronta aos profissionais que assistem pessoas com suspeita ou diagnóstico de câncer. Além disso, tal postura demonstra como a Secretaria de Estado da Saúde (SES) desconhece a relevância de seus serviços.”
No dia 28 de agosto foi realizada uma audiência pública na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) para debater o possível fechamento da fundação. O Simesp apoia o movimento dos profissionais.