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Hospital recebe verba para não fechar pronto-socorro

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25/05/2011 | Notícia Simesp

Hospital recebe verba para não fechar pronto-socorro

A Santa Casa de São Paulo recebeu ontem R$ 10 milhões da Secretaria de Saúde do Estado. A verba de emergência é para manter o atendimento e para que o pronto-socorro não seja fechado no fim deste mês.

"A verdade é que depois de amanhã nós não teríamos mais nenhum tostão", diz Antonio Carlos Forte, superintendente do hospital, que atende apenas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Ele conta que o adiantamento será suficiente para pagar os fornecedores e reabastecer o complexo. "Os nossos fornecedores são parceiros, mas existe um limite. No mês que vem, a situação vai se repetir, caso não se tenha uma solução definitiva", afirma.

A crise na Santa Casa de São Paulo foi divulgada no início deste mês pelo jornal O Estado de S. Paulo. A instituição tem uma dívida de R$ 120 milhões e ameaça fechar as portas do pronto-socorro se não receber ajuda dos governos municipal, estadual e federal.

A verba de R$ 10 milhões foi o primeiro resultado dos entendimentos que estão ocorrendo entre o Ministério da Saúde e as Secretarias de Saúde do Estado e do município. As comissões formadas pelos três níveis de governo estão agindo em duas frentes: gestão e controle financeiro.

Ajuda

Em nota, a Secretaria de Saúde disse que o governo do Estado auxilia historicamente a Santa Casa. Na capital, segundo a pasta, é o hospital filantrópico que mais recebe recursos extras, além do que a instituição recebe do SUS.

"A solução que queremos é a volta de um contrato. Não faz sentido um hospital desse tamanho trabalhar com tabela do SUS", argumenta Fortes. Segundo o superintendente do hospital, para cada R$ 100 gastos, o SUS cobre R$ 60. A diferença é paga pela própria Santa Casa com o lucro obtido pelo Hospital Santa Isabel – unidade privada da Santa Casa – e do aluguel dos cerca de 300 imóveis que a instituição possui.