A mobilização é organizada pelo Centro Acadêmico Oswaldo Cruz (CAOC) – medicina, Centro Acadêmico XXV de Janeiro – odontologia, Centro Acadêmico Trinta e Um de Outubro – Enfermagem e Diretório Central dos Estudantes da USP (DCE-Livre), além de contar com o apoio do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp), o Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp), o Fórum Popular de Saúde e estudantes de demais áreas e funcionários do HU.
“Esse movimento tem dois fatores principais. O primeiro é voltado ao ensino, já que o Hospital Universitário é um campo de prática essencial para o aprendizado. O outro ponto é a população da Zona Oeste de São Paulo, que sem o HU ficaria desamparada”, explica Maria Luiza Corullon, estudante de medicina membro do CAOC e uma das lideranças do movimento.
De acordo com informações do movimento, desde 2014, a reitoria ameaça desvincular o hospital da universidade, culpando-o pela crise orçamentária. De acordo com Gerson Salvador, diretor do Simesp e médico do HU, o Hospital enfrenta a pior crise de todos os tempos, tendo uma redução de 25% dos leitos. “Há muitos leitos fechados devido à falta de profissionais, que vem aumentando desde a implantação do Projeto de Incentivo a Demissão Voluntária, instituído pela reitoria”, explica.
O Pronto Atendimento da Pediatria, por exemplo, foi fechado durante a noite, sendo só aberto para casos referenciados. Tal decisão, tomada em decorrência de uma impossibilidade de manter o atendimento, traz inúmeros prejuízos para a população da região, que depende em grande parte do hospital universitário. Além disso, o ensino de alunos de vários cursos está prejudicado.
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