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Estudantes da USP dos cursos de medicina, fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional paralisam as atividades

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18/04/2017 | Notícia Simesp

Estudantes da USP dos cursos de medicina, fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional paralisam as atividades

Por uma assistência de excelência à população e por uma educação pública e de qualidade no Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (HU-USP), estudantes de medicina, fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional paralisam as atividades amanhã, 19. No mesmo dia, acontecerá um grande ato das 17h às 19h, em frente ao HU. A expectativa é que compareçam mais de 400 pessoas. Neste mesmo dia e local, às 14h, haverá uma mesa de debates para os profissionais exporem as situações precárias enfrentadas no hospital.

A mobilização é organizada pelo Centro Acadêmico Oswaldo Cruz (CAOC) – medicina, Centro Acadêmico XXV de Janeiro – odontologia, Centro Acadêmico Trinta e Um de Outubro – Enfermagem e Diretório Central dos Estudantes da USP (DCE-Livre), além de contar com o apoio do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp), o Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp), o Fórum Popular de Saúde e estudantes de demais áreas e funcionários do HU.

“Esse movimento tem dois fatores principais. O primeiro é voltado ao ensino, já que o Hospital Universitário é um campo de prática essencial para o aprendizado. O outro ponto é a população da Zona Oeste de São Paulo, que sem o HU ficaria desamparada”, explica Maria Luiza Corullon, estudante de medicina membro do CAOC e uma das lideranças do movimento.

De acordo com informações do movimento, desde 2014, a reitoria ameaça desvincular o hospital da universidade, culpando-o pela crise orçamentária. De acordo com Gerson Salvador, diretor do Simesp e médico do HU, o Hospital enfrenta a pior crise de todos os tempos, tendo uma redução de 25% dos leitos. “Há muitos leitos fechados devido à falta de profissionais, que vem aumentando desde a implantação do Projeto de Incentivo a Demissão Voluntária, instituído pela reitoria”, explica.

O Pronto Atendimento da Pediatria, por exemplo, foi fechado durante a noite, sendo só aberto para casos referenciados. Tal decisão, tomada em decorrência de uma impossibilidade de manter o atendimento, traz inúmeros prejuízos para a população da região, que depende em grande parte do hospital universitário. Além disso, o ensino de alunos de vários cursos está prejudicado.

Sobre o HU-USP

O Hospital Universitário da USP surgiu em 1981 da necessidade de um hospital-escola que formasse médicos generalistas e da necessidade da população do Butantã por um hospital de média complexidade, já que não havia um serviço na região capaz de suprir a demanda de saúde. Atualmente, o HU recebe 2.430 alunos todos os anos, tanto da graduação quanto da pós-graduação, provenientes de sete faculdades diferentes. Além disso, o HU é para a população da região oeste: é o único hospital secundário a que podem recorrer quando precisam. Essa é uma função essencial do hospital, pois se trata da retribuição social da USP pelo investimento da população na educação pública de qualidade, cumprindo o pilar da extensão que compõe o tripé da universidade.