Com o objetivo de esclarecer a população e os médicos brasileiros sobre o apoio ao PROVAB – Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica, a Federação Nacional dos Médicos realizou uma reportagem especial sobre o tema.
Independente da defesa contundente pela carreira de estado para os médicos, com salários dignos e provimento via concurso público, as entidades médicas decidiram apoiar o Programa, que ainda está em fase experimental, entendendo que o PROVAB oferece também uma alternativa para aqueles médicos que vão para o interior, sem vínculos ou garantias trabalhistas.
"Há um contrato preferencialmente celetista, com duração de 12 meses, no qual o Ministério da Saúde garante a execução desse contrato, independentemente do poder local," ressalta o presidente da entidade, Cid Carvalhaes.
"É um projeto no qual se inserem as preocupações de desprecarização do trabalho médico, de desenvolvimento de habilidades e competências ao egresso dos cursos de medicina antes da sua pós-graduação e residência," acrescenta o vice-persidente do Conselho Federal de Medicina, Carlos Vital.
O Presidente da Federação Nacional dos Médicos, Cid Carvalhaes, ressaltou ainda durante a reportagem que o PROVAB não foi criado para fixar os médicos no interior do país, mas, sim, como uma alternativa emergencial para que as populações das cidades mais carentes tivessem supridas suas necessidades.
"Diante disso, de um programa piloto, com o qual não se tem nenhuma pretensão de substituir programas de residência e muito menos a implantação de contratos definitivos para a estratégia saúde da família, A FENAM entendeu que deveria acolher esse projeto e dele participar e já está fazendo isso"
Para o Conselho Federal de Medicina, o apoio ao projeto vem também ao encontro dos compromissos médicos com a assistência à saúde da população.
"Sabemos que há uma grande parte da população brasileira carente da assistência médica. Nós não queremos que ela seja feita por profissionais irregulares, em exercício ilegal da medicina, por outros profissionais da área da saúde. Naturalmente que esse projeto também encerra em si a questão assistencial. Não podemos partir do pressuposto que o médico não se preocupa com o cidadão não assistido," destacou.
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