A abertura de novos cursos de Medicina e a regulamentação da Emenda Constitucional nº 29 foram os principais temas discutidos nesta quarta-feira, 14 de setembro, no início dos trabalhos do I Congresso Nacional de Políticas Médicas.
Realizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), em Porto de Galinhas (PE), o evento reúne representantes de entidades médicas, da gestão pública e profissionais de saúde de todo o país, além de conferencistas brasileiros e estrangeiros. No centro das questões que estão sendo abordadas nos três dias de congresso, destaque para as políticas de atenção às urgências e emergências, a terceirização da saúde no mundo, as principais dificuldades dos médicos da América Latina, além da formação profissional e do financiamento da saúde no Brasil.
Renato Azevedo Júnior, presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo, esteve presente à solenidade de abertura e participa nesta sexta-feira (16) de uma mesa de discussões sobre o tema De quantos médicos o Brasil precisa? Para o Cremesp, não há carência de profissionais, mas falhas na sua distribuição pelo país, relacionadas principalmente às desigualdades regionais, aos vínculos empregatícios precários, aos baixos salários e às péssimas condições de trabalho e segurança.
Roberto d´Avila, presidente do CFM, abriu os trabalhos do Congresso na presença de Desiré Carlos Callegari, diretor de Comunicação do CFM; de Helena Carneiro Leão, presidente do Conselho Regional de Pernambuco (Cremepe); Mozart Sales, chefe de gabinete do ministro da Saúde, Alexandre Padilha; e Antônio Figueira, secretário de Saúde de Pernambuco, entre dirigentes do CFM e de Conselhos Regionais de Medicina de vários Estados.
Ao final do primeiro dia do encontro, houve um consenso entre os congressitas, que se declararam contrários à criação de um novo imposto para financiar a saúde, reinvidicando a aprovação urgente da EC-29. Por outro lado, ainda existem divergências quanto à expansão do número de cursos de Medicina como uma das medidas para combater a carência de médicos em áreas remotas do país.