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Dia Mundial da Saúde é marcado por protesto

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10/04/2012 | Notícia Simesp

Dia Mundial da Saúde é marcado por protesto

Palco de manifestações históricas, a Praça da Sé acolheu na manhã desta terça-feira, 10 de abril, um grande ato em comemoração ao Dia Mundial da Saúde (cuja data original é 7 de abril). Não faltaram críticas à política de privatização da Saúde praticada pelos governos estadual, de Geraldo Alckmin, e municipal, de Gilberto Kassab. O Sindicato dos Médicos de São Paulo engrossou o protesto ao lado de dezenas de entidades de classe, sociais e religiosas.

Uma Carta aberta à população, assinada por 67 entidades, entre elas o Simesp, foi distribuída aos manifestantes. O documento informa que pesquisa Data Folha (de 2 de setembro de 2011) apontou que 60% dos paulistanos elegeram a saúde como a pior área da administração kassab. O texto sugere que ao invés da propaganda municipal afirmar “Antes não tinha, agora tem”, deveria dizer “Antes não tinha, agora está pior”.

A manifestação do Dia Mundial da Saúde reivindicava, entre outros pontos, um financiamento para o SUS que garanta acesso e qualidade para todos; concursos públicos com plano de cargos, carreiras e salários; apoio ao abaixo-assinado contra o PL 4330/04 do deputado Sandro Mabel, que propõe a privatização de todos os serviços públicos.

Para o diretor do Simesp, Antonio Carlos Cruz, presente na manifestação, não faltam motivos para se protestar no Dia Mundial da Saúde. “Há vários anos, nesta data, entidades saem às ruas para defender uma política pública de qualidade para todos. É uma forma de se contrapor ao sistema de privatização. Queremos resgatar a Saúde pública”.

O médico e vereador Jamil Murad também criticou a terceirização dos serviços públicos de saúde, enfatizando que a “luta do povo se faz nas ruas, nas praças e nas urnas”. Murad destacou que os planos de saúde nada mais são do que a “comercialização da medicina e que a população merece ser tratada com dignidade no Sistema Único de Saúde”.

Os manifestantes também criticaram o corte de 5,4 bilhões de investimentos para a área da saúde, praticado pelo governo federal; as medidas de internação compulsória; a renovação da DRU (Desvinculação da receita da União) sobre as receitas da seguridade social; as medidas autoritárias e violentas dos governos municipal e estadual usadas na cracolândia, em Pinheirinho, na Favela do Moinho e nas desocupações do Movimento Moradia; e a ingerência do prefeito e seus secretários em todos os espaços de participação popular.

Da Praça da Sé, os manifestantes saíram em passeata pelo centro de São Paulo seguindo até a Praça do Patriarca, onde foi encerrada a manifestação.