O Dia Mundial da Saúde de 2022 foi marcado por uma série de mobilizações em todo país. Na quinta-feira, 7 de abril, mais de 50 entidades representativas da luta da saúde no município e no estado de São Paulo saíram às ruas em uma série de atividades e em um ato unificado. No início da manhã, foi organizado um faixaço e uma panfletagem em frente à Secretaria Estadual de Saúde. No começo da tarde, manifestantes se concentraram em frente à Prefeitura de São Paulo para um ato que caminhou até a Secretaria Municipal de Saúde. As entidades lutam pela defesa do Sistema Único de Saúde (SUS) e pela valorização dos trabalhadores da saúde diante da privatização da saúde pública. O Movimento em Defesa das UBS, que o Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp) compõe com movimentos populares de saúde e associações de trabalhadores, esteve presente nos atos.
A data é um instrumento para ação e reflexão da situação da saúde pública. Sobretudo, na pandemia, quando nosso país matou mais de 660 mil pessoas. Grande parte das mortes por Covid-19 ocorreram no estado de São Paulo, acometendo principalmente os trabalhadores da saúde. Mesmo assim, avançaram no estado e na capital paulista o desmonte da saúde pública e a retirada de direitos dos profissionais, através das privatizações, terceirizações e quarteirizações. Durante a pandemia, os trabalhadores da saúde sofrem ainda mais com a sobrecarga de trabalho, devido ao desfalque profissional, e a falta de condições de trabalho.
A secretária-geral do Simesp, Juliana Sales, fez um resgate das conquistas e dos ataques que os trabalhadores da saúde sofreram no último período. “Neste Dia Mundial da Saúde, lembramos que, durante a pandemia, a saúde esteve na linha de frente e que, em 2022, vimos enfrentando ataques da Prefeitura, que reduz constantemente o número de profissionais. Os médicos das UBS seguem mobilizados e as entidades da saúde continuam realizando visitas e reuniões nas unidades com os trabalhadores e a população. Neste ano, o Simesp conquistou um reajuste de 10,42% para os médicos das OSS, mas os servidores públicos, já em campanha salarial, ainda não foram recebidos pela prefeitura de São Paulo. A terceirização e a precarização dos ambulatórios de especialidades são uma ameaça iminente, e ainda não há contratação nem concurso público para assegurar o quantitativo de médicos necessários para o atendimento adequado da população. Por isso, estamos presentes neste 7 de abril e continuaremos, nas campanhas salariais dos municípios e na de 2022 dos médicos das OSS, na luta pelas 3 consultas por hora, concursos, contratações e mais! Por mais saúde para todos!”.

