Descaso de OSS e do município leva médicas e médicos a anunciarem nova paralisação
Descaso de OSS e do município leva médicas e médicos a anunciarem nova paralisação
Médicas e médicos de Organizações Sociais de Saúde (OSS) e hospitais filantrópicos avaliaram o impacto da paralisação pelo reajuste retroativo em assembleia, na noite de segunda-feira, dia 26 de junho. Foi deliberada a manutenção do movimento com outras categorias da saúde que também enfrentam o descumprimento de suas convenções pelo Sindicato das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Estado de São Paulo (Sindhosfil-SP). Técnicos e auxiliares de enfermagem lutam ademais pela aplicação do piso salarial no município e no estado de SP e organizam uma manifestação para esta sexta (30/6). As duas categorias preveem um ato na Prefeitura de São Paulo para a próxima segunda-feira, 3 de julho, às 9h, quando médicas e médicos irão paralisar novamente os serviços de saúde da capital.
Mais uma vez, a ação não interromperá unidades de urgência e emergência, mas os serviços ambulatoriais, enfermarias e centros cirúrgicos eletivos administrados por OSS que se recusam a aplicar o retroativo.
Como foram insuficientes as tentativas institucionais de negociação, inclusive no Ministério Público do Trabalho (MPT), a categoria só tem na paralisação a ferramenta para garantir seu direito: a reconquista do retroativo. Vamos mostrar nossa força e unidade contra o desrespeito das OSS!
As empresas e a Prefeitura vão tentar diminuir o impacto da mobilização, contratando médicos sob vínculo de Pessoa Jurídica (PJ) no lugar dos profissionais que aderirem à paralisação. Uma clara ação antissindical, que afeta a população, profissionais e os princípios da Atenção Primária à Saúde (APS). Pois, são vínculos precários e os médicos contratados não conhecem a área de abrangência da unidade e muito menos sua população assistida.
Em nota ao jornal Folha de São Paulo, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que repassou para todas as OSS os valores do retroativo (de setembro de 2022 a março de 2023). Uma vez que receberam os valores do retroativo, não efetuaram o pagamento e são entendidas enquanto entidades sem fins lucrativos, como as OSS e hospitais filantrópicos podem operar com esse lucro?!
É importante entendermos o poder público municipal como corresponsável por este desrespeito à categoria, pois é quem repassa as verbas e fiscaliza os contratos das OSS. Por isso, na próxima segunda (3/7), o ato de paralisação é na Prefeitura!
PREENCHA O FORMULÁRIO DE ADESÃO À PARALISAÇÃO: https://forms.gle/VwJbT27PK9aEKDro8
Denuncie eventuais casos de assédio da gestão durante a mobilização: https://forms.gle/vfTrzQHzDkCErL6H8. O Simesp também disponibiliza um plantão jurídico para te orientar. Ligue ou mande um WhatsApp: (11) 3292-9147.
Ato de paralisação na Prefeitura de São Paulo
➡ Segunda-feira, 03/07
➡ às 9h
➡ Viaduto do Chá, 15