Simesp

Demissões de médicos por cancelamento de atendimentos eletivos foi pauta em reportagem da Agência Brasil

Home > Demissões de médicos por cancelamento de atendimentos eletivos foi pauta em reportagem da Agência Brasil
29/04/2020 | Notícia Simesp

Demissões de médicos por cancelamento de atendimentos eletivos foi pauta em reportagem da Agência Brasil

A equipe de reportagem da Agência Brasil apurou que hospitais particulares reduziram a carga horária de trabalho de e demitiram profissionais por diminuição da demanda de procedimentos eletivos e consultas, devido à epidemia da Covid-19 (coronavírus). Para o repórter, o diretor do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp), Gerson Salvador, confirmou que as demissões estão acontecendo e que os maiores prejudicados foram os profissionais que atuam com procedimentos eletivos, entre eles anestesistas. “Um absurdo, pois ninguém tem tanta habilidade ao entubar um paciente quanto esses médicos, que podem vir a ser fundamentais na linha de frente do tratamento de pessoas com a covid-19.”

Ainda para Salvador, compete ao Estado estabelecer diretrizes e organizar a oferta de serviços de saúde, levando em conta a demanda. “Estamos vendo uma parte do sistema de saúde sobrecarregada e outra parte ociosa, o país precisando de leitos hospitalares e de mão de obra qualificada. Então, cabe ao Estado assumir a gestão e distribuir esses recursos de maneira igualitária para que um paciente que precise de um leito, por qualquer motivo, seja atendido, independentemente se no sistema público ou no privado. O que não podemos é ter gente morrendo por falta de leitos enquanto há setores ociosos em hospitais e médicos sendo demitidos”, disse, manifestando o receio de que, a título de socorrer hospitais e laboratórios privados, pessoas sejam incentivadas a procurar ajuda, mesmo em casos que podem ser adiados sem maiores riscos, segundo a reportagem.

Salvador reforçou na matéria que é preciso cuidado para que estímulos à retomada de procedimentos eletivos não represente apenas a preocupação com os lucros imediatos. “Por isso, a meu ver, o melhor, por ora, é que os recursos privados estejam à disposição do SUS [Sistema Único de Saúde], com os estabelecimentos privados sendo devidamente remunerados por isso”, propôs Salvador.

Leia a reportagem completa em: https://bit.ly/2ybgxfG.